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Lula indica operador chefe do Bradesco para diretoria de Política Monetária do BC

29 nov 2024 - 17h17
(atualizado às 18h41)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Nilton David, chefe de operações de tesouraria do banco Bradesco, para assumir a diretoria de Política Monetária a partir de janeiro, no lugar de Gabriel Galípolo, informou a autarquia nesta sexta-feira.

Para as outras duas vagas na diretoria que serão abertas até o final do ano, foram indicados os servidores de carreira do BC Gilneu Vivan (diretoria de Regulação) e Izabela Correa (diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta).

Eles substituirão respectivamente Otavio Damaso e Carolina Barros, também servidores de carreira do banco.

Os nomes ainda terão que ser submetidos à apreciação do Senado após sabatina dos indicados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Com a aprovação dos três, a diretoria do BC, que compõe o Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição da taxa básica de juros, passará a ter maioria de indicados por Lula, 7 de 9 nomes.

Os diretores Ailton de Aquino (Fiscalização), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) e Rodrigo Teixeira (Administração), que assumiram em janeiro deste ano, foram os outros nomes escolhidos pelo petista, além de Galípolo, que passará a comandar o BC em janeiro, após o fim do mandato de Roberto Campos Neto.

Os diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução), que seguem em seus cargos, foram indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro.

David é graduado em Engenharia de Produção pela USP e está no Bradesco desde 2019. Antes disso atuou em outras instituições, incluindo Morgan Stanley e Citi.

Com a aprovação da autonomia do BC, com lei sancionada em 2021, os diretores do banco passaram a ter mandatos fixos, não coincidentes com o mandato do presidente da República.

Lula tem sido um crítico constante da atuação do BC, defendendo juros mais baixos e fazendo repetidos ataques ao presidente Campos Neto, indicado por Bolsonaro.

Na quinta-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo estava em "contagem regressiva" para ter um Banco Central "com olhar voltado para o Brasil, dirigido por quem mora no Brasil e não em Miami".

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