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Lula sinaliza que sancionará taxação de compras internacionais, mas diz que medida é equivocada

Para presidente, essa é uma briga muito esquisita e a taxação de US$ 50 atinge mais pobres

18 jun 2024 - 08h13
(atualizado às 11h23)
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou que deve sancionar a taxação de 20% do imposto sobre as compras internacionais de até US$ 50. O chefe do Executivo, contudo, disse achar equivocada a taxação, mas afirmou que vai sancionar a medida para garantir a "unidade" entre governo e Congresso Nacional.

Em entrevista concedida à Rádio CBN nesta terça-feira, 18, Lula disse achar que "essa é uma briga muito esquisita". "Por que taxar US$ 50? Por que taxar o pobre e não taxar o cara que vai ao free shop e gasta mil dólares?", questionou. "É uma questão de consideração com o povo mais humilde", citando que essa foi sua divergência em relação à proposta.

Lula apontou que, após seu veto, houve uma tentativa de fazer acordo com o Congresso. "Assumi o compromisso com Haddad de que aceitaria colocar PIS/Cofins para a gente cobrar, que daria 20%", disse. "Isso está garantido", destacou.

Lula diz que ficou irritado pela forma como a taxação das compras internacionais foi parar dentro do Mover
Lula diz que ficou irritado pela forma como a taxação das compras internacionais foi parar dentro do Mover
Foto: WILTON JUNIOR/Estadão / Estadão

Apesar de sinalizar a sanção do projeto, Lula não deixou de mostrar que ainda tem divergências. "Estou fazendo isso pela unidade do Congresso e do governo, das pessoas que queriam. Mas eu, pessoalmente, acho equivocado a gente taxar as pessoas humildes que gastam US$ 50?, comentou.

Lula rebateu as críticas em relação aos empresários sobre o tema e disse que, muitas vezes, eles não discutem com o governo, mas vão debater já com os congressistas.

O petista ainda afirmou ter ficado irritado em como o tema foi parar em votação. "Essa emenda entrou no programa Mover, que não tinha nada a ver com isso. Foi um jabuti colocado no Congresso Nacional, aí tem de transformar esse jabuti em realidade", reclamou ele. "Preciso que se leve mais a sério queixa de alguns setores empresariais", acrescentou.

Estadão
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