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Lula volta a criticar Campos Neto em dia de Copom; presidente do BC exalta autonomia da instituição

Petista afirmou que taxa de juros a 13,75% ao ano 'não tem explicação'; dirigente do Banco Central participa de homenagem ao avô na Câmara dos Deputados

2 ago 2023 - 15h32
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 2, que a atual taxa básica de juros, a Selic, a 13,75% ao ano, "não tem explicação". Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), ele se referiu ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como "esse rapaz" e disse que o dirigente não entende o País, além de não atender aos interesses do povo.

BRASILIA DF NACIONAL LULA ESCOLA 31-07-2023 31.07.2023 - Cerimônia de Sanção do Projeto de Lei n° 2617, de 2023, que institui o Programa Escola em Tempo Integral 31.07.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Sanção do Projeto de Lei n° 2617, de 2023, que institui o Programa Escola em Tempo Integral. Palacio do Planalto, Brasília - DF. NA FOTO COM AS PRESENCAS DE CAMILO SANTANA E JANJA SILVA FOTO Ricardo Stuckert/PRESIDENCIA DA REPUBLICA
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Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República / Estadão

A fala de Lula ocorreu durante café da manhã com correspondentes da imprensa internacional no Palácio do Planalto. Ele e seus auxiliares têm criticado Campos Neto desde o começo do governo, mas a declaração desta quarta-feira tem peso extra porque acontece no mesmo dia em que o Copom se reúne para decidir sobre os juros. A expectativa é que haja uma redução.

"O Brasil tem a inflação caindo e os juros subindo. Quando a inflação cai e os juros não caem, significa que aumenta a taxa de juros. E o Brasil tem hoje a maior taxa de juros real do mundo. Sem nenhuma explicação", declarou.

"Eu não sei a quem ele está servindo. Eu sinceramente não sei. Aos interesses do Brasil, não é. À lógica pela qual foi aprovada a autonomia do Banco Central também não. Porque, se você pegar a lei, a lei diz que ele tem que estar preocupado com a inflação, com o crescimento econômico e com a geração de emprego", declarou o presidente.

Lula disse que o que pode fazer é torcer. "Porque quem o indicou foi o Senado. Ele só pode sair quando acabar o mandato dele ou quando o Senado tirá-lo. Vamos aguardar", declarou o petista. Segundo ele, o País vai crescer mesmo que a taxa de juros não baixe.

Campos Neto homenageia avô

Nesta quarta-feira, Campos Neto participou de uma sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem ao 106° aniversário de nascimento do economista e ex-deputado federal Roberto de Oliveira Campos, de quem é neto.

Em um discurso breve, ele relembrou a trajetória do avô e disse que, ao longo de sua vida pública, Roberto Campos foi um dos principais porta-vozes do pensamento liberal no Brasil. Campos Neto afirmou ainda que, desde a morte do economista, em 2001, o Congresso promoveu diversas alterações legislativas em direção à liberdade econômica e que o avô ficaria contente com aprovação recente, por exemplo, da reforma tributária e da lei de autonomia do Banco Central.

"Considerando o período mais recente, Roberto Campos ficaria contente em saber da aprovação da reforma tributária, especialmente da lei de autonomia do Banco Central, e mais recentemente da modernização da legislação cambial, algo que ele sempre defendeu", disse o presidente da entidade.

Campos Neto relembrou que seu avô era, inclusive, um dos defensores da autonomia do BC em três dimensões: operacional, administrativa e financeira. "Aprovamos a autonomia com dimensão operacional. E, hoje, depois de algum tempo à frente do Banco Central com autonomia operacional, eu vejo a dificuldade que é ter autonomia operacional sem ter autonomia administrativa e financeira", avaliou.

O presidente do BC também reforçou que os trabalhos conduzidos pelo órgão teriam sido exaltados pelo avô. "Como entusiasta da tecnologia, meu avô também ficaria satisfeito com resultados do Pix e do Open Finance, e com trabalhos em andamento para lançamento do real digital no âmbito da agenda de inovação que nós promovemos no Banco Central", afirmou.

O Copom decide nesta quarta-feira a taxa Selic. Pesquisa do Projeções Broadcast com 88 casas aponta que 62 delas esperam corte na taxa de 0,25 ponto porcentual, e 26, de 0,50 ponto./Sofia Aguiar, Caio Spechoto, Giordanna Neves e Iander Porcella

Estadão
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