Mãe trabalha 30 minutos por dia e ganha quase R$ 500 mil por mês
Mãe de 31 anos largou o emprego para trabalhar apenas meia hora por dia e ganha muito bem. "E qualquer um pode fazer isso", diz ela
A americana Cassiy Johnson, de 31 anos, sempre quis uma segunda fonte de renda. Mas vender velas de concreto e canecas de café com esmalte de unha misturado em sua casa em Howell, Michigan, Estados Unidos, mostrou-se muito demorado e pesado para enviar. Então, ela tentou projetar camisetas.
Era abril de 2020 e Johnson havia sido afastada de seu emprego em tempo integral como vendedora de creche, onde ganhava US$ 70 mil (R$ 345 mil) por ano. Sua loja na plataforma Etsy foi lançada no mês seguinte e logo ela trouxe US$ 30 mil (R$ 148 mil) de receita em apenas dois meses, ela diz.
Melhor ainda: ela gastou menos de 30 minutos por dia com o trabalho paralelo, gerenciando tudo em seu telefone, ela diz. O resto do seu tempo foi para o seu novo emprego de vendas, ganhando US$ 17 por hora. No ano seguinte, ela ganhou US$ 90 mil (R$ 444 mil) no Etsy e decidiu administrar a loja online em tempo integral.
A loja já trouxe mais de USS$ 766 mil (R$ 3,7 milhões) em receita vitalícia, de acordo com documentos revisados pelo CNBC Make It. Aproximadamente um terço disso é lucro, estima Johnson: ela trouxe US$ 100,9 (R$ 497 mil) em seu mês mais lucrativo até o momento e conseguiu guardar US$ 26,1 mil (R$ 128 mil) desse dinheiro. O sucesso da loja deu origem a dois negócios adicionais e permitiu que seu marido deixasse o emprego.
"Meu marido estava passando por um período muito estressante no trabalho e eu sabia que poderíamos viver com US$ 90 mil por ano", diz Cassiy Johnson. "Foi um momento mágico, poder dizer ao meu marido para largar o emprego."
O trabalho paralelo de impressão sob demanda
A loja da Etsy de Cassiy, que ela prefere não nomear para evitar possíveis imitadores, foi inspirada por um canal do YouTube. A conta era dedicada a ensinar aos espectadores sobre lojas de "impressão sob demanda", onde os vendedores criam designs em modelos em branco de camisetas – chamados de modelos de mock-up – e enviam pedidos para fabricantes, que os imprimem.
"Parecia simples e fácil", diz Johnson. "Descubra o que as pessoas já estão procurando e coloque algo à venda na frente delas."
Uma vez por mês, Johnson faz uma pesquisa profunda, procurando no site da Etsy por tendências que valem a pena seguir. Ela também busca inspiração enquanto faz compras no Walmart e passeia pelas redes sociais.
Ela usa a plataforma de design gráfico Canva para criar cada nova camiseta, sobrepondo o resultado final a uma foto pré-comprada de um modelo de mock-up e a carregando em sua página da Etsy. A camiseta na verdade não existe até que alguém a encomende, enviando um pedido automatizado a um fabricante e distribuidor como o Printify, que está integrado à Etsy.
Muitos de seus designs envolvem frases populares, seja em fontes exclusivas ou com linguagem ligeiramente alterada para grupos demográficos como enfermeiras ou professores. Camisetas com temas de avós, por exemplo, apresentam frases de efeito.
Ocasionalmente, Johnson compra uma ilustração de um designer que "parodia" ou "faz referência apropriadamente" a personagens ou músicas populares – "Evitando cuidadosamente infringir os direitos autorais", diz ela.
Ela também vende camisetas personalizáveis, onde as pessoas podem inserir seu próprio texto em modelos de design existentes. Sua oferta mais popular em 2021 foi um design repetitivo com letras que eram metade estampa de chita, metade fonte neon, diz ela.
"Eu fiz designs que são exatamente iguais, que dizem centenas de coisas diferentes", diz Johnson.
Novas fontes de renda
Há dois anos, Johnson percebeu que seu negócio poderia se encaixar em outro trabalho paralelo. Vendedores de impressão sob demanda compram fotos de modelos usando camisetas em branco e colocam seus designs por cima no Photoshop. Essas fotos são chamadas de mock-ups, e Johnson queria vendê-las para outros vendedores.
Em março de 2021, ela abriu uma loja no Etsy chamada StopMockAndRoll, apresentando fotos dela mesma usando camisetas em branco para que outras pessoas pudessem comprar. É uma renda adicional interessante, mas longe de ser tão lucrativa quanto a impressão sob demanda.
Em 2022, Johnson adicionou uma terceira fonte de renda. Os youtubers que a ensinaram a iniciar seu negócio se aposentaram, segundo ela, então ela decidiu filmar, editar e estrelar seus próprios vídeos de tutoriais de impressão sob demanda.
Ela ganhou 1.000 seguidores nas primeiras seis semanas, em grande parte devido à sua presença já estabelecida em grupos de Facebook de impressão sob demanda, ela diz. Hoje, seu canal tem mais de 118 mil inscritos.
Johnson não revela seus ganhos exatos no YouTube, mas diz que superou os lucros de sua loja Etsy nos últimos seis meses.
A determinação que "realmente me diferencia"
Fazer esses vídeos no YouTube consome até 20 horas por semana, diz Johnson. A venda de impressão sob demanda, em comparação, exige muito menos tempo, mas não é sem esforço.
"É uma jornada. Você tem que fazer as coisas fáceis todos os dias por semanas, meses e anos a fio, até funcionar. Depois, você precisa se manter constantemente atualizado em sua pesquisa de tendências, para que seus produtos possam se manter competitivos em relação a todos os outros vendedores de impressão sob demanda", ela acrescenta.
Qualquer um pode fazer isso, diz ela, mas para alcançar o nível de sucesso dela, ganhar dinheiro sem sacrificar sua vida pessoal, você vai precisar de determinação.
"Acho que é isso que realmente me diferencia", diz Johnson. "Não tenho medo de dedicar horas, e não tenho a expectativa de tipo, 'E se eu falhar?' E daí se eu falhar? Então, vou descobrir."
Fonte: CNBC Make It