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Maersk vê volumes globais de contêineres crescendo até 7% em 2025

12 dez 2024 - 09h00
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A Maersk espera que o volume do mercado global de contêineres cresça até 7% no próximo ano, impulsionado pela forte demanda dos Estados Unidos, onde uma possível greve portuária e tarifas sobre produtos estrangeiros se aproximam, disse um executivo da transportadora global.

"Prevemos algo entre 5% e 7% (de crescimento) em geral", disse Charles van der Steene, presidente regional da Maersk para a América do Norte, à Reuters. "E, nesse estágio, não há nada que indique que não poderia ser o caso", disse ele durante conferência Reuters NEXT.

Os ataques Houthi a navios no Mar Vermelho e a demanda "resiliente" das empresas norte-americanas continuarão a estimular o consumo de contêineres, disse ele. Os EUA são o maior mercado da Maersk em termos de vendas.

Em outubro, a Maersk aumentou previsão de lucro para o ano e atualizou perspectiva para o volume de contêineres de 2024. Entre seus clientes estão Walmart, Target, Asos e Nike.

Na segunda-feira, a Federação Nacional de Varejo dos EUA disse que o tráfego de carga de entrada atingirá recordes em novembro e dezembro, devido à perspectiva de uma greve de estivadores nos portos da costa leste do país em janeiro e aos aumentos de tarifas de importação anunciados pelo presidente eleito Donald Trump.

"Parte disso hoje, se você observar a força do mercado, pode ser explicada pelo efeito psicológico (da) ... pré-encomenda que está ligada às tarifas ou à próxima versão da greve, que agora está adiada para janeiro", disse van der Steene, que assumiu o cargo de presidente em fevereiro.

A Maersk espera que a interrupção no Mar Vermelho continue até 2025, acrescentou ele.

Para ajudar os clientes dos EUA a se planejarem para o futuro, a Maersk está analisando rotas de seus pedidos, às vezes com dois meses de antecedência, para determinar se é mais adequado fazer ao transporte para o nordeste do país ou para a costa oeste ou usar o frete aéreo, disse ele. Isso, no entanto, depende do produto e do risco que a empresa está disposta a correr.

Redirecionar um produto da costa leste para a oeste não é pouca coisa, devido aos custos extras e ao tempo do envio, mas pode ser crucial se houver produtos sazonais envolvidos, disse ele.

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