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Mais de 35,3 milhões de Pix de um centavo foram feitos em 2023; pessoas usam como meio de comunicação

Número de vezes em que Pix desse valor foi feito em 2023 cresceu mais de 30% com relação ao ano de 2022, segundo dados do Banco Central

20 mar 2024 - 12h38
(atualizado às 13h00)
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Pix se consolidou como meio de pagamento mais popular do Brasil em 2023, com quase 42 bilhões de transações
Pix se consolidou como meio de pagamento mais popular do Brasil em 2023, com quase 42 bilhões de transações
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

Em 2023, o número de vezes que foram feitos Pix de um centavo no Brasil chegou a 35,3 milhões, um aumento de 31% em comparação a 2022, quando foram feitas 24,6 milhões de operações. Os dados foram fornecidos pelo Banco Central (BC) ao Terra. Uma probabilidade para esse crescimento é que muitas pessoas passaram a aderir esse valor no método de pagamento instantâneo como meio de comunicação.

É o caso de Karolayne Costa, de 25 anos, que em entrevista à Folha de São Paulo relatou que já chegou a fazer um Pix de R$ 0,01, e alguns outros valores menores, para conseguir ter contato com o ex-namorado que tinha bloqueado ela nas redes sociais.

"Meus Pix de R$ 0,01 são basicamente histórias de relacionamentos frustrados, onde fui bloqueada em tudo quanto é lugar. "É [um método de comunicação] eficiente, mas, às vezes, não funciona. Com meu ex-namorado, não deu em nada. Mas, teve uma vez que foi o contrário: bloqueei outro menino de tudo, e ele me mandou um Pix pedindo para que eu o desbloqueasse. Aí eu respondi o Pix dele com um recado e devolvi com o mesmo valor", contou ela ao jornal.

Apesar de o método ter se tornado de comum uso entre muitas pessoas, José Mauro Nunes, professor da FGV Ebape (Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas), alertou em conversa com a Folha que o Pix de um centavo pode ser usado para assédio, importunação e quebra de medidas protetivas.

Um exemplo de caso como o citado pelo especialista ocorreu em 2022, e levou um soldado da Aeronáutica à prisão. Segundo a Polícia Civil de Goiás, o homem passou a fazer transações financeiras de centavos para a conta da ex-namorada, por meio de Pix, inserindo no texto da transação xingamentos e ameaças.

De acordo com Nunes, em casos como esse, é importante que o BC tome medidas para regular e evitar usos inadequados desse tipo de transferência. "Colocar limites de pagamento mínimo e restringir remetentes podem ser formas de proteção", destacou ao jornal. 

Fonte: Redação Terra
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