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Mantega está otimista sobre renegociação da dívida argentina

Guido Mantega lembrou que o juiz de primeira instância de Nova York, que obrigou o pagamento da dívida a parte dos fundos abutres, flexibilizou alguns pagamentos, o que abre caminho para um acordo

30 jul 2014 - 01h52
(atualizado às 01h54)
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<p>&quot;Acho dif&iacute;cil que isso [o calote] aconte&ccedil;a, pelo seguinte: se houver morat&oacute;ria - estou raciocinando - a Argentina n&atilde;o vai pagar nada para os fundos abutres nem para os outros credores&quot;, disse o ministro</p>
"Acho difícil que isso [o calote] aconteça, pelo seguinte: se houver moratória - estou raciocinando - a Argentina não vai pagar nada para os fundos abutres nem para os outros credores", disse o ministro
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, manifestou nessa terça-feira otimismo com a renegociação da dívida soberana da Argentina. Segundo ele, ainda existem chances de o país chegar a um acordo com os fundos abutres (que compram títulos podres e cobram o valor na Justiça) e evitar o calote.

“Acho difícil que isso [o calote] aconteça, pelo seguinte: se houver moratória - estou raciocinando - a Argentina não vai pagar nada para os fundos abutres nem para os outros credores. Vai ter de fazer outra reestruturação, o que seria ruim para todo mundo. Então, é uma situação que vale a pena para todos renegociar”, analisou Mantega.

O ministro lembrou que o juiz de primeira instância de Nova York, que obrigou o pagamento da dívida a parte dos fundos abutres, flexibilizou alguns pagamentos, o que abre caminho para um acordo. “Espero que não haja novo default (calote). Não seria conveniente nem para os fundos abrutres”, declarou.

Mantega descartou ainda que uma eventual moratória argentina tenha impacto sobre as exportações brasileiras para o país vizinho. “Aquilo que tinha de ajustar já ajustou. Estamos exportando menos”, disse. Segundo ele, iniciativas como o acordo automotivo, assinado com o governo argentino, no início de junho, melhoraram o fluxo de comércio.

O ministro disse, no entanto, que as exportações para a Argentina não têm como crescer muito em 2014. “Até deu uma melhorada, mas como eles não estão crescendo muito neste ano, estão comprando menos do Brasil”, explicou.

Agência Brasil Agência Brasil
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