Mantega rebate críticos e defende importância do BNDES
Ministro defendeu os empréstimos oferecidos pelo banco como garantia de investimentos em infraestrutura
Ao fazer um balanço sobre a política de créditos no Brasil nos últimos anos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como fator de garantia aos investimentos em infraestrutura. O ministro fez uma apresentação dirigida à uma plateia de integrantes do governo, empresários e representantes do terceiro setor e não poupou comparações com o governo Fernando Henrique Cardoso.
“Tem gente que critica a participação do BNDES e acha que (o banco) não deveria existir ou ser menor. Mas nós discordamos. Achamos que ele é importante para garantir o investimento em infraestrutura”, disse o ministro, referindo-se a oposicionistas.
“Mesmo durante a crise (financeira mundial de 2008), o BNDES manteve um volume de financiamento forte para a economia e com isso o investimento conseguiu se recuperar e manter um patamar razoável apesar da crise e suas consequências”, afirmou Mantega.
Nas críticas que fez à gestão FHC, o ministro ressaltou que o Brasil tem uma longa tradição de crédito escasso e caro. Segundo dados do Ministério da Fazenda, a taxa nominal de juros de 1999 era de 15,3% ante aos atuais 5%. Outro comparativo feito por Mantega foi referente ao volume de investimentos no País em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Era de 26% há 10 anos contra 55% atualmente.
De acordo com o ministro da Fazenda, os governos petistas não só melhoraram a oferta de crédito para grandes empresários, mas também ofereceram empréstimos a pequenos empreendedores e pessoas de baixa renda. Mantega afirmou que a tendência de inadimplência já é de queda e que o consumo da classe média agora está migrando de bens de consumo para empreendimentos imobiliários.