Maranhão e Amapá lideram alta da inadimplência em abril
Para entidade, dados do último mês continuam refletindo condições menos favoráveis da economia
O Maranhão e o Amapá foram os estados com as maiores variações no número de consumidores inadimplentes no País em abril, de acordo com o indicador mensal de inadimplência calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A alta ficou em 13,21% e 13,20%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre os cinco estados que registraram o maior crescimento da inadimplência, dois são da Região Nordeste – Maranhão (13,21%) e Rio Grande do Norte (11,70%). Dois são da Região Norte, o Amapá (13,20%) e o Acre (12,42%) , e um é do Sul, o Paraná (12,74%).
Nove estados apresentaram avanço menor do que a média nacional (8,60%) de consumidores inadimplentes: Paraíba (8,57%), Alagoas (8,04%), Rio Grande do Sul (7,92%), Rio de Janeiro (7,70%), Mato Grosso (7,58%), Pará (7,11%), São Paulo (6,96%), Amazonas (5,66%) e Espírito Santo (5,46%).
Para o SPC-Brasil, os dados da inadimplência do último mês continuam refletindo as condições menos favoráveis da atividade econômica nacional, impactada negativamente pela elevação da inflação, pelo aperto monetário (elevações da taxa básica de juros, a Selic) e pelo crescimento moderado da massa salarial.
Segundo a entidade, nas regiões onde houve um processo recente de aumento do acesso ao crédito, como o Norte e o Nordeste, a alta na inadimplência foi mais significativa.
Os dados também mostram queda no número médio de dívidas nas cinco regiões analisadas. O Sul do país continuou a apresentar o maior número, 2,24 dívidas por pessoa inadimplente, em média, enquanto a Região Norte registrou o menor, 1,93 dívida por inadimplente.
Santa Catarina (2,50), Sergipe (2,21) e Goiás (2,20) lideram como os estados em que cada consumidor inadimplente tem o maior número de dívidas atrasadas. Já os estados do Maranhão (1,83), de Roraima (1,85) e de Mato Grosso do Sul (1,81) apresentam as menores médias nacionais. Segundo o SPC-Brasil, as dívidas bancárias são mais representativas no Sudeste (54%), enquanto, no Norte, a participação dessa categoria representa 31%.
As dívidas com os bancos mostraram crescimento em todas as regiões, com a maior alta no Nordeste (7,51%), seguida pela Região Norte (6,97%). O crescimento das dívidas de comércio também foi generalizado entre as regiões, com destaque para o Sul do país, onde as dívidas dessa categoria cresceram 5,07%. As dívidas cujos credores são segmentos de comunicação também avançaram em todas as regiões, com destaque para o Norte, com alta de 15,18%.
No caso das dívidas cujos credores são empresas de água e luz, houve queda de 6,79% no Norte, na comparação entre abril de 2014 e o mesmo mês do ano passado, e na Região Sudeste, que registrou recuo de 4,52%.