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Taxação do aço: Brasil vai estudar negociação, diz Meirelles

9 mar 2018 - 07h40
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Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles
Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles
Foto: Reuters

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o Brasil vai analisar uma possível negociação com os Estados Unidos com relação ao aumento da tarifa sobre o aço importado, medida assinada nessa quinta-feira pelo presidente Donald Trump.

"O governo assinou isso, vai valer daqui a 15 dias, mas eles estão dizendo que estão abertos a negociações. É preciso saber que negociação é essa, o que eles estão querendo negociar. Isso tudo será analisado do ponto de vista do que o Brasil tem a ganhar ou perder", disse Meirelles, em Nova York, onde participa de um evento para promover investimentos estrangeiros no Brasil.

Para o ministro, a medida do governo americano é negativa para todos os envolvidos. "Beneficia a produção de aço e preserva os empregos de um grupo de trabalhadores das empresas que produzem aço. Mas prejudica, custa emprego para empresas industriais que usam aço ou alumínio e que diminuem a sua competitividade internacional por terem um insumo mais caro".

O governo brasileiro divulgou nota hoje afirmando que a medida do governo americano vai causar "graves prejuízos" ao Brasil e terá impactos "nas relações comerciais e de investimentos entre os dois países".

Boeing

O ministro participou de uma reunião com executivos da norte-americana Boeing, que negocia uma união com a brasileira Embraer. Segundo o ministro, a companhia fez uma apresentação sobre a proposta atual que eles estão fazendo à Embraer e ao governo brasileiro.

"É uma proposta que tem que ser analisada pelo Ministério da Defesa, mas é uma decisão empresarial, em última analise. Mas, do ponto de vista do interesse nacional, é importante ouvir", disse Meirelles.

Segundo o ministro, a empresa manifestou interesse em usar a mão-de-obra brasileira, em uma possível fusão. "Eles dizem que têm interesse muito grande de usar mão-de-obra brasileira, por uma questão de custo e da mão-de-obra de alta qualidade da Embraer. Isso é uma questão que será devidamente analisada". A proposta da Boeing é a separação de empresa em uma companhia de Defesa e outra empresa de jatos comerciais.

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