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Mercadante diz que consultas a financiamentos do BNDES reduziram ritmo devido à 'ruído' político

Aprovações de crédito subiram mais de 90% até maio, mas junho registrou desaceleração, segundo presidente do banco; para ele, não há motivos para pessimismo no País

18 jun 2024 - 16h59
(atualizado às 20h09)
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RIO - Depois de um ano e quatro meses subindo mais de 80%, as consultas aos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tiveram uma pequena desaceleração em junho, informou o presidente do banco, Aloizio Mercadante.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Estadão

"Até o mês de maio as aprovações de crédito subiram mais de 90%, mas nós sentimos agora, no último mês, a redução do ritmo de crescimento das consultas, o que para mim tem muito a ver com esse ruído (político)", disse Mercadante ao final de evento sobre recuperação de cidades diante de mudanças climáticas, realizada na sede do banco.

Ele lembrou que quando o novo governo tomou posse, em janeiro de 2023, se falava em crescimento da economia de 0,8% e alta da inflação. E avaliou que agora está se repetindo o mesmo movimento.

"Crescemos no ano passado 2,9%, aí o mercado diz que se surpreendeu que a inflação caiu, se surpreendeu com a taxa de emprego, e acho que vai ficar surpreso de novo, os dados são fortes, muito consistentes. Temos um problema fiscal, mas somos nós, os Estados Unidos, a União Europeia, o Japão", disse, ressaltando que as maiores economias do mundo têm feito muito mais esforços diante das mudanças climáticas do que antes.

Segundo Mercadante, não há motivo para pessimismo no País, já que o Brasil está registrando a menor taxa de desemprego dos últimos dez anos, além de ter conseguido reduzir a inflação, com a massa salarial também em crescimento.

"Então você tem uma economia, um mercado de trabalho e um mercado consumidor voltando com força, o crédito aumentou 7% nesse primeiro trimestre e o investimento está voltando", afirmou, ressaltando que ainda é preciso analisar porque as consultas estão perdendo força. "Nosso foco hoje é o Rio Grande do Sul, isso também alterou um pouco a dinâmica", explicou.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Estadão
Estadão
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