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Mercadante toma posse no BNDES, critica taxa e reúne de Gilmar Mendes a Dilma

Em discurso, Mercadante afirmou ainda que a instituição precisa ter juros mais competitivos para empresas menores

6 fev 2023 - 11h46
(atualizado às 14h09)
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Aloizio Mercadante
Aloizio Mercadante
Foto: Ricardo Moraes

Em uma demonstração de peso político da chegada de Aloizio Mercadante ao comando do Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), formaram o rol de autoridades no palco da cerimônia de posse, iniciada no final da manhã desta segunda-feira, 6, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A ex-presidente Dilma Rousseff também foi chamada ao palco.

No discurso de posse, Mercadante afirmou que, apesar de não querer que o banco de fomento concorra com bancos privados, a instituição precisa ter juros mais competitivos para empresas menores. "Não queremos padrão de subsídios como no passado, mas uma taxa de juros mais competitiva para micro, pequenas e médias empresas", disse.

Críticas a TLP

Segundo Mercadante, é preciso uma revisão, "em parceria com o Congresso Nacional", da Taxa de Longo Prazo do BNDES, a TLP. Na avaliação dele, a TLP "apresenta enorme volatilidade e representa um custo financeiro acima do custo da dívida pública federal, o que penaliza de forma desnecessária as micro, pequenas e médias empresas".

Tesouro

O ritmo de devolução de recursos do BNDES ao Tesouro foi outro ponto criticado por Mercadante. Segundo ele, o banco devolveu mais de 678 bilhões de reais ao Tesouro desde 2015, incluindo dividendos. Esse valor, afirmou, é 54% maior que as transferências do Tesouro para o BNDES entre 2008 e 2014. "Essa página precisa ser virada."

"Se quisermos ter futuro, precisaremos de um BNDES mais presente e atuante, e de uma relação de equilíbrio com o Tesouro Nacional", disse o novo presidente do banco.

Reindustrialização

Mercadante defendeu participação do BNDES no investimento em infraestrutura do país, como forma de apoio ao recursos aplicados pelo setor privado.

Defendendo uma reindustrialização do país por meio de foco em descarbonização e reciclagem e pesquisa aplicada, Mercadante disse que a participação da indústria nos desembolsos do BNDES caiu para 16% em 2021 ante 56% em 2006. "Vamos colocar a indústria no topo das ações estratégicas do BNDES", disse ele, sem dar detalhes.

Na frente de novas tecnologias, Mercadante disse que o BNDES vai gerir os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) "para implantar a inclusão digital nas escolas públicas do Brasil", uma meta que vem sendo repetida ao longo dos últimos anos por vários governos.

O novo presidente do BNDES afirmou ainda que o banco vai criar uma Comissão de Estudos Estratégicos, que será coordenada pelo economista André Lara Resende e que terá objetivo de debater com especialistas políticas de desenvolvimento para o Brasil.

Outros convidados

Além dos convidados mencionados no início da matéria, também marcaram presença o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e ministros do governo como Anielle Franco (Igualdade Racial), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Luiz Marinho (Trabalho), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e Camilo Santana (Educação).

Lula foi a posse acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva. ( *Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters)

Fonte: Redação Terra
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