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Mercado de dívida do Brasil seguirá forte em 2025, diz presidente do Itaú BBA

23 jan 2025 - 16h51
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O mercado de dívida do Brasil deve continuar prosperando em 2025, com um potencial de mais atividade no mercado de ações no segundo semestre, após uma seca de três anos em IPOs no país, disse à Reuters o presidente do Itaú BBA, Flavio Souza, nos bastidores da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Em 2024, a emissão de dívida alcançou 709,2 bilhões de reais, 77,5% a mais do que em 2023 e um avanço de 55% em relação a 2022, atingindo um recorde da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), iniciada em 2012.

"Tivemos um ano extraordinário (para emissões de dívida), obviamente, como vocês sabem, relacionado ao mercado de taxas de juros", disse Souza. "Provavelmente, continuaremos a ver menos atividade no mercado de ações, mas um nível muito decente de atividade no mercado de capital de dívida", acrescentou.

Souza, entretanto, disse que uma mensagem forte do governo em relação à disciplina fiscal poderia melhorar o sentimento do mercado e estimular um aumento gradual na atividade de ações no segundo semestre de 2025.

Em 2024, as preocupações fiscais e a alta dos juros mantiveram muitos investidores longe do mercado acionário, desviando sua atenção para o mercado de dívida, menos arriscado e cada vez mais lucrativo.

A taxa básica Selic encerrou o ano em 12,25%, acima do patamar de novembro de 2024, de 11,25%. O Banco Central elevou a Selic em um ponto percentual em dezembro, sinalizando mais dois aumentos de mesma magnitude para o início deste ano.

Apesar das preocupações com o fato da dívida pública brasileira, sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afetar o interesse dos investidores externos, o presidente do Itaú BBA observou que o déficit primário do Brasil hoje é comparável ao de outros grandes mercados emergentes.

"O principal desafio que temos é o déficit nominal, e está totalmente relacionado à taxa de juros", disse Souza.

A expectativa é que o déficit nominal brasileiro chegue a quase 8% do PIB, o mais alto entre as principais economias emergentes e o mais fortemente impactado pelos custos dos juros.

Souza disse que também espera um número significativo de fusões e aquisições no Brasil em 2025, mas observou que algumas transações podem levar mais tempo para serem finalizadas, devido às altas taxas de juros no país.

"Acho que, para o mercado como um todo, terminamos o ano com nosso maior pipeline de fusões e aquisições de todos os tempos", disse ele, acrescentando que setores como energia e educação estão atraindo o interesse dos compradores.

Souza, no entanto, observou que grandes investidores institucionais, inclusive fundos soberanos, estão monitorando constantemente o país. "E alguns deles estão dizendo que, sabe, provavelmente estamos vendo um ponto de entrada no Brasil que não vimos nos últimos anos."

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