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Mercado eleva projeção de inflação para 2024 e espera PIB maior no próximo ano

Segundo relatório Focus, do Banco Central, mediana para o IPCA ao final deste ano é de 4,38%, próxima do teto da meta, de 4,50%; expectativa é de crescimento de 1,93% da economia em 2025

7 out 2024 - 09h24
(atualizado às 10h37)
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Foto: Andrzej Rostek/GettyImages

BRASÍLIA - A mediana do relatório Focus, do Banco Central (BC), para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 oscilou de 4,37% para 4,38%, ainda próxima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, estava em 4,30%. Nos últimos cinco dias úteis, 43 instituições revisaram as estimativas de IPCA de 2024 e, nessa base, a mediana passou de 4,36% para 4,40%.

A mediana para o IPCA de 2025 se manteve em 3,97%, de 3,92% um mês antes. Considerando apenas as 43 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 3,86% para 3,92%.

As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta. Para 2026, seguiu em 3,60%, mesmo patamar de um mês antes. Para 2027, seguiu em 3,50% pela 66ª semana consecutiva.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o primeiro trimestre de 2026 como seu horizonte relevante e espera que a inflação atinja 3,5% no período, considerando o cenário de referência, com a trajetória de Selic embutida no Focus e dólar a R$ 5,60, evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC).

Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,30% e desacelere a 3,70% em 2025.

Alta do PIB de 2025

O mercado manteve a sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 em 3%. Há um mês, a expectativa era de avanço de 2,68%. Considerando as 28 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 3% para 3,03%.

A mediana para a alta do PIB de 2025, por sua vez, passou de 1,92% para 1,93%. Quatro semanas antes, estava em 1,90%. Considerando só as 21 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,93% para 1,91%.

Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2%, como já estão há 61 e 63 semanas, respectivamente.

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro ampliou a projeção do BC para o crescimento do PIB deste ano de 2,3% para 3,2%.

Taxa de juros

A mediana para a taxa Selic no fim de 2024 seguiu em 11,75%, consolidando a expectativa do mercado para o atual ciclo de aperto nos juros, com duas altas de 0,50 ponto porcentual nas duas próximas reuniões do colegiado, em novembro e dezembro. Há um mês, a projeção era de 11,25%. A estimativa intermediária para a taxa no fim de 2025 seguiu em 10,75%, de 10,25% um mês antes.

Considerando apenas as 39 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do Focus para a Selic no fim de 2024 se manteve em 11,75%. A estimativa intermediária para o fim de 2025 passou de 11% para 10,75%, considerando apenas as 39 estimativas atualizadas no período.

A mediana para os juros no fim de 2026 continuou em 9,50%, como está há seis semanas. A projeção para o fim de 2027 seguiu em 9,0%, como já está há 20 semanas.

Dólar

A mediana do relatório Focus para o dólar no fim de 2024 permaneceu em R$ 5,40, contra R$ 5,35 um mês antes. A projeção para 2025 passou de R$ 5,35 para R$ 5,39, de R$ 5,30 quatro semanas atrás.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Estadão
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