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Mercado mantém projeção de inflação, mesmo BC apontando alta

Em ata da reunião do Copom, BC disse que vê a inflação brasileira subindo no curto prazo e seguindo em alta em 2015

15 dez 2014 - 10h09
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<p>Economistas consultados pelo BC acreditam que a inflação encerrará o ano dentro da meta, em 6,38%</p>
Economistas consultados pelo BC acreditam que a inflação encerrará o ano dentro da meta, em 6,38%
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Economistas de instituições financeiras deixaram inalteradas as perspectivas para a inflação e a Selic no próximo ano, após o Banco Central ter projetado que os preços continuarão em alta e indicado que o ciclo de aperto monetário pode não ser tão forte, mas elevaram a projeção para a taxa de câmbio.

Pesquisa Focus, realizada pelo BC junto às instituições financeiras, divulgada nesta segunda-feira mostrou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015 permaneceu em alta de 6,50%. Para este ano o índice oficial também não sofreu alteração, projetado em 6,38%.

Assim, para 2014 a projeção permanece dentro da meta - de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos, enquanto para 2015 fica exatamente no limite do objetivo. Na sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os números de dezembro do IPCA-15, prévia da inflação oficial.

Na ata da reunião em que o Comitê de Política Monetária (Copom) acelerou o ritmo e elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, a 11,75%, o BC disse que vê a inflação brasileira subindo no curto prazo e seguindo em alta em 2015.

Mas destacou que ainda no próximo ano ela inicia um "longo período de declínio", indicando que o atual ciclo de aperto monetário pode não ser tão forte quanto os vistos anteriormente.

No Focus, os especialistas consultados projetam que a taxa básica de juros terminará o próximo ano a 12,50%, sem alteração ante o levantamento anterior. A primeira elevação ocorre em janeiro, com 0,25 ponto percentual, na visão deles.

O BC voltou a falar na ata que os efeitos cumulativos e defasados da política monetária sustentam a visão de que o "esforço adicional" deve ser feito com "parcimônia".

PIB e dólar

Sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, a expectativa dos economistas caiu pela quarta vez seguida, em 0,02 ponto percentual, a 0,16%. Para 2015 a estimativa é de expansão de 0,69%, 0,04 ponto percentual a menos, terceira queda seguida.

O BC divulgou nesta manhã que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,26% em outubro na comparação com setembro, num resultado inesperado, após alta de 0,26% em setembro.

Já a projeção para a balança comercial em 2014 no Focus passou para um déficit de  US$ 1,60 bilhão, contra zero na semana anterior. Se confirmado, será o primeiro saldo anual negativo desde 2000.

Por sua vez a perspectiva para o dólar subiu tanto para este ano quanto para o próximo, respectivamente a R$ 2,60 e R$ 2,72, contra R$ 2,55 e R$ 2,70 .

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