Mercado reduz projeção de alta do PIB para 1,16% em 2014
Sobre a inflação, a expectativa para 2014 foi mantida em 6,46%
Economistas de instituições financeiras voltaram a reduzir a projeção de crescimento da economia neste ano, a 1,16% ante 1,24%, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. É a quarta semana seguida de corte na estimativa do crescimento econômico. Os agentes econômicos também passaram a ver uma contração da atividade na indústria, de 0,14%, ante expansão de 0,51% anteriormente
Para 2015, os economistas também reduziram a perspectiva para o Produto Interno Bruto (PIB), desta vez pela quinta vez seguida, para 1,60%, 0,13 ponto percentual a menos do que na pesquisa anterior. Para a indústria, entretanto, eles veem melhora, com crescimento de 2,30% ante 2,25%.
Inflação
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a perspectiva no Focus foi mantida em 6,46% este ano, bem perto do teto da meta do governo, que é de 4,5% com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Para os próximos 12 meses, a estimativa também permaneceu em 5,91%, mas para 2015 sofreu ligeiro ajuste a 6,10%, 0,02 ponto percentual a mais. Em junho, novo alívio nos preços dos alimentos e de habitação ajudou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) a desacelerar a 0,47%, frente a 0,58% de maio.
Juros
Os economistas reduziram a projeção para o tamanho do primeiro aumento da Selic em 2015. Os agentes econômicos consultados na pesquisa mantiveram pela terceira semana seguida a expectativa de que a Selic não voltará a subir este ano, mantendo-se no atual patamar de 11%.
Mas reduziram a previsão para a primeira alta da taxa básica de juros em janeiro do ano que vem. Agora eles veem aumento de 0,25 ponto percentual, seguido de mais três movimentos na mesma proporção, encerrando o ano a 12%. Anteriormente, os economistas projetavam aumento de 0,50 ponto percentual em janeiro.
No mercado de juros futuros, a curva já precifica que a próxima alta da Selic será de 0,25 ponto percentual justamente em janeiro, diante dos sinais de que a inflação está perdendo fôlego no curto prazo, apesar de continuar em patamares elevados.
O Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, também passou a ver a Selic a 11% neste ano, contra 11,25% na semana anterior. E projetam a taxa básica de juros no mesmo nível em 2015, ante 11,6%.
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