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Projeção do PIB brasileiro em 2019 cai para 1,71%

Segundo Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 22, o IPCA para abril de 2019 passa de 0,45% para 0,55%

22 abr 2019 - 09h50
(atualizado às 10h38)
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BRASÍLIA - Os analistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 1,95% para 1,71%, conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 22.

Homem segura notas de 1 dólar e 2 reais
13/12/2001
REUTERS/Gregg Newton
Homem segura notas de 1 dólar e 2 reais 13/12/2001 REUTERS/Gregg Newton
Foto: Reuters

Há quatro semanas, a projeção de crescimento era de 2,00%. Para 2020, o mercado financeiro alterou a previsão de alta do PIB de 2,58% para 2,50%. Quatro semanas atrás, estava em 2,78%.

A projeção do Banco Central para o crescimento do PIB em 2019 é de 2,0%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.

Inflação

Outro item que teve previsão alterada pelos economistas foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril de 2019, de 0,45% para 0,55%. Um mês antes, o porcentual projetado estava em 0,39%.

Para maio, a projeção no Focus foi de 0,31% para 0,29% e, para junho, passou de 0,25% para 0,26%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,34% e 0,27%, respectivamente.

A inflação prevista para os próximos 12 meses foi de 3,74% para 3,67% - há um mês, estava em 3,96%.

Selic

As projeções para a Selic (a taxa básica de juros), no entanto, foram mantidas. A mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano, a mesma de um mês atrás. A projeção para a Selic no fim de 2020 também foi mantida, em 7,50% ao ano. Para 2021 e 2022 as projeções continuam em 8,00%.

Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela oitava vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que, em seu cenário básico, o balanço de riscos para a inflação tornou-se simétrico.

Ou seja, o risco de uma inflação mais baixa - em função da ociosidade na economia - tem o mesmo peso do risco de uma inflação mais alta - por conta do andamento das reformas e do cenário externo. A instituição reiterou, porém, que manterá a "cautela, serenidade e perseverança" em suas próximas decisões, "inclusive diante de cenários voláteis".

Os economistas do mercado financeiro esperam pela manutenção da Selic no atual patamar pelo menos até junho de 2020, quando a taxa subiria para 6,75% ao ano. Até a semana passada, a elevação era esperada para maio de 2020.

Indústria

A projeção para a alta da produção industrial de 2019 foi de 2,30% para 1,70%. Há um mês, estava em 2,57%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial permaneceu em 3,00%.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 passou de 56,20% para 56,25%. Há um mês, estava em 56,15%. Para 2020, a expectativa foi de 58,30% para 58,70%, ante 58,20% de um mês atrás.

Estadão
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