Mercado sobe para 8,2% a estimativa para a inflação este ano
Economistas também projetam uma contração de 1,01% no PIB deste ano
Economistas de instituições financeiras passaram a ver um cenário de inflação acima de 8% neste ano. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará 2015 a 8,20%, 0,07 ponto percentual a mais do que no apontado no levantamento anterior.
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O Focus mostrou ainda que a alta do IPCA esperada para 2016 é de 5,60%.
Os economistas também voltaram a subir as projeções para o dólar, um dos fatores de pressão inflacionária. Para o fim de 2015 a expectativa foi a R$ 3,25, contra R$ 3,20, na pesquisa anterior, e para 2016 os economistas consultados veem a moeda norte-americana a R$ 3,30, ante R$ 3,23.
Sobre a atividade econômica, a projeção no Focus para este ano do Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada a uma contração de 1,01%, ante queda de 1% na pesquisa anterior.
Para 2016, a projeção melhorou pela primeira vez após quatro semanas, para uma expansão de 1,10% do PIB, ante 1,05%.
Selic
Economistas passaram a ver mais uma alta na Selic em junho mas mantiveram a perspectiva para a taxa básica de juros no final de 2015, em um ambiente de inflação cada vez mais pressionada, dólar alto e atividade em queda.
A pesquisa mostrou manutenção do ritmo de aperto da taxa básica de juros, atualmente em 12,75%, na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), indo a 13,25%.
Mas passaram a ver nova elevação, de 0,25 ponto, na reunião de junho, com a Selic sofrendo corte em novembro para terminar o ano no patamar de 13,25%.
Na semana anterior os especialistas já projetavam a alta de 0,50 ponto percentual em abril, mas viam mais uma alta de 0,25 ponto em julho, e um corte mais cedo.
Em relação a 2016, a mediana das projeções no Focus continua apontando a Selic a 11,50%.
Entretanto, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, vê aperto maior, com a taxa de juros encerrando a 13,75% em 2015 e a 12% em 2016, em projeções inalteradas.