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Mercado vê déficit primário e dívida pública menores em 2025 e 2026, mostra Prisma

19 mar 2025 - 11h35
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Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram sua previsão para o resultado primário do governo em 2025 e 2026, prevendo também uma dívida pública bruta marginalmente menor em ambos os períodos, mostrou nesta quarta-feira o relatório Prisma Fiscal de março.

Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$75,088 bilhões em 2025, ante visão anterior de déficit de R$80,0 bilhões, com uma projeção menor de despesas e ligeira redução também na estimativa de receitas.

Para 2026, a expectativa para o resultado primário também melhorou e foi a um déficit de R$79,469 bilhões, ante R$83,301 bilhões previstos no mês passado.

Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 80,73% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, ligeiramente abaixo dos 80,74% projetados em fevereiro. Em 2026, a previsão é de que a dívida chegue a 84,89% do PIB, ante projeção anterior de 84,90%.

Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.

O governo anunciou medidas de contenção de gastos no fim do ano passado, mas o pacote não foi bem recebido pelo mercado sob avaliação de que as iniciativas não são suficientes para sanear as contas públicas e devido ao anúncio concomitante de um projeto de reforma do Imposto de Renda.

A meta do governo é zerar o déficit primário ao fim deste ano, com alvo de superávit de 0,25% do PIB nas contas de 2026.

Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$2,850 trilhões em 2025, contra R$2,849 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, a arrecadação federal é vista em R$3,041 trilhões, contra R$3,027 trilhões projetados em fevereiro.

Os economistas consultados no Prisma ainda reduziram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano -- para R$2,380 trilhões, de R$2,383 trilhões anteriormente -- e mantiveram para 2026 -- a R$2,541 trilhões.

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