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Mercado vê déficit primário menor neste ano, mas maior em 2025, mostra Prisma

14 nov 2024 - 11h15
(atualizado às 11h16)
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Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram sua previsão para o resultado primário do governo neste ano, mas pioraram a projeção para 2025, observando também uma dívida pública bruta mais alta em ambos os períodos, mostrou nesta quinta-feira o relatório Prisma Fiscal de novembro.

Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 62,000 bilhões de reais em 2024, ante visão anterior de déficit de 63,832 bilhões de reais. Para 2025, a expectativa para o resultado primário piorou e foi a um déficit de 89,574 bilhões de reais, ante 88,380 bilhões de reais no mês passado.

Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 78,40% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2024, acima dos 78,27% projetados em outubro. Em 2025, a previsão é de que a dívida chegue a 81,73% do PIB, ante projeção anterior de 81,20%.

Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o aumento na taxa de juros eleva o custo da dívida pública.

O governo havia prometido o anúncio de medidas de contenção de gastos para após o segundo turno das eleições municipais. A demora na divulgação do pacote tem gerado nervosismo nos investidores.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou na quarta-feira que talvez não haja tempo hábil para que o anúncio ocorra ainda nesta semana, mas apontou que o impacto fiscal da proposta será "expressivo".

A meta do governo é zerar o déficit primário ao fim deste ano, também com alvo de déficit zero nas contas de 2025.

Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de 2,648 trilhões de reais em 2024, contra 2,645 trilhões de reais estimados no mês anterior. Em 2025, a arrecadação federal é vista em 2,800 trilhões de reais, contra 2,799 trilhões de reais projetados em outubro.

Os economistas consultados no Prisma ainda subiram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano -- para 2,212 trilhões de reais, de 2,210 trilhões de reais anteriormente -- e para 2025 -- a 2,380 trilhões de reais, de 2,369 trilhões de reais em outubro.

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