Mercados passam a lacrar garrafas de azeite depois de alta de quase 50%
Lacres e alarmes estão sendo usados no produto em várias partes do Brasil
O azeite ficou mais caro nos supermercados e hipermercados de todo o País. Nos últimos 12 meses, a alta do produto foi de 47,44%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Com o valor da garrafa de 500 ml chegando a quase R$ 60, mercados brasileiros estão recorrendo à instalação de lacres antifurto e alarmes nas garrafas. Consumidores de várias regiões do País têm publicado nas redes sociais imagens do produto com lacre nos mercados.
Uma consumidora identificada como Keul contou que, em uma unidade do Atacadão de Vitória (ES), ela encontrou o azeite com lacres nos vidros. A consumidora Thais contou que o produto em sua cidade estava custando R$ 57,98.
Quanto está o Azeite GALLO na cidade de vcs? Eu tomei um susto hoje quando fui comprar azeite 😳 pic.twitter.com/3yMu4SRv1G
— Thais🇧🇷🇺🇸🇮🇹 (@thaispsic) March 6, 2024
Em uma outra publicação, um usuário com o nome de Santos mostrou a foto do azeite com lacre custando R$ 50,99. (Confira abaixo).
O azeite tá tão caro que meteram lacre de segurança pic.twitter.com/aCJT2xl44F
— Santos (@JVS4ntos) January 19, 2024
Por que o azeite está tão caro?
A alta dos preços do azeite é mundial, tendo a Europa e a América do Sul como alguns dos mercados mais afetados. Entre as principais causas para a alta estão: os efeitos do aquecimento global que afetaram diretamente a produção de azeite, uma vez que as oliveiras não reagem bem às secas e às altas temperaturas; e fenômenos como o El Niño.
No caso do El Niño, o fenômeno derrubou em 20% a produção mundial de azeite. Ao invés de 3,3 milhões de toneladas, foram produzidas 2,7 milhões de toneladas, de acordo com o Conselho Internacional de Azeite Olive (IOC, sigla em inglês). Com isso, as exportações foram impactadas, e o Brasil reduziu suas compras de 100 mil toneladas de azeite em 2022, para 80 mil toneladas, em 2023.