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Merkel e Macron querem fundo de 500 bi de euros contra crise

Países apresentaram acordo franco-alemão nesta segunda-feira (18) para criação do fundo dentro do orçamento da União Europeia (UE)

18 mai 2020 - 15h03
(atualizado às 15h15)
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Entrevista coletiva conjunta (e por vídeo) do presidente da França, Emmanuel Macron, e da chanceler alemã, Angela Merkel 
18/05/2020
Kay Nietfeld/Pool via REUTERS
Entrevista coletiva conjunta (e por vídeo) do presidente da França, Emmanuel Macron, e da chanceler alemã, Angela Merkel 18/05/2020 Kay Nietfeld/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

A Alemanha e a França concordaram nesta segunda-feira (18) em propor um plano temporário de 500 bilhões de euros para ajudar países membros e regiões da União Europeia (UE) a enfrentar o impacto econômico provocado pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O anúncio foi feito após o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel,  ao se reunirem por videoconferência. "Para apoiar uma retomada duradoura que reestabeleça e reforce o crescimento no bloco, a Alemanha e a França apoiam a criação de um fundo ambicioso e temporário, dentro do orçamento da União Europeia", diz a declaração conjunta.

Segundo Macron, este "grande passo adiante" que propõe que a Comissão Europeia financie o plano fazendo empréstimos nos mercados "em nome da UE". Com isso, os recursos serão revertidos às nações europeias e regiões mais afetadas pelo vírus. "Os 500 bilhões de euros do fundo de relançamento lançado hoje pela iniciativa franco-alemã terão que ser reembolsados. No entanto, eles não serão reembolsados pelos beneficiários do empréstimo, mas pelos Estados-Membros", explicou o líder da França, acrescentando que o dinheiro será progressivamente devolvido.

Merkel, por sua vez, falou que esse "esforço extraordinário e único" tem como objetivo a "coesão da Europa" e ressaltou que a expansão do quadro orçamentário europeu deve ser ratificada pelos parlamentos europeus e na Alemanha pelo Bundestag. A chanceler reiterou que a crise do novo coronavírus afetou os países de maneira diferente, "colocando em risco a coesão europeia". "O fundo de recuperação terá que dar uma contribuição para manter a Europa, garantindo que ela saia da crise em conjunto e mais forte do que antes", afirmou.

A proposta foi elogiada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que disse que a ideia tem o mesmo teor que o plano "preparado pela Comissão Europeia". De acordo com ela, os acordos "devem permitir que os Estados-Membros e as empresas superem a crise e, portanto, lancem os enormes investimentos necessários para colocar a economia europeia de volta aos trilhos". Segundo fontes do Palazzo Chigi, sede do governo italiano, "o que Macron e Merkel acabaram de declarar representa um bom passo em frente que vai na direção desde o início esperada pela Itália por uma resposta comum e ambiciosa à pandemia".

Para a Itália, 500 bilhões de euros é um valor que se aproxima do que foi recentemente solicitado pelo país e por outros parceiros. "A partir dessa quantia, é possível começar a tornar o Fundo de Recuperação ainda mais substancial no orçamento europeu", concluíram os italianos.

Ansa - Brasil
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