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Mesmo com aumento de riscos, Fed deve conter parte da crise

Fed deve anunciar ao final de dois dias de reunião que não irá mais expandir seu portfólio de títulos do Tesouro norte-americano e de ativos lastreados em hipotecas

29 out 2014 - 10h32
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O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve encerrar nesta quarta-feira seu programa de compra de títulos para estimular a economia, fechando um capítulo controverso de sua resposta à crise mesmo que ainda lute para levar a cabo a normalização completa da política monetária. 31/07/2013
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve encerrar nesta quarta-feira seu programa de compra de títulos para estimular a economia, fechando um capítulo controverso de sua resposta à crise mesmo que ainda lute para levar a cabo a normalização completa da política monetária. 31/07/2013
Foto: Jonathan Ernst / Reuters

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve encerrar nesta quarta-feira seu programa de compra de títulos para estimular a economia, fechando um capítulo controverso de sua resposta à crise mesmo que ainda lute para levar a cabo a normalização completa da política monetária.

O Fed deve anunciar ao final de dois dias de reunião que não irá mais expandir seu portfólio de títulos do Tesouro norte-americano e de ativos lastreados em hipotecas, finalizando seu programa de compra mensais, hoje em US$ 15 bilhões. No auge, o programa injetou US$ 85 bilhões por mês no sistema financeiro.

Embora seja um importante passo simbólico, o fim das compras ainda deixa o Fed longe de uma postura normal. Seu balanço patrimonial inflou para mais de US$ 4 trilhões, a taxa de juros permanece em zero e eventos recentes aumentaram o risco de que o banco central dos EUA pode precisar ainda sustentar a economia por mais tempo do que esperava há apenas algumas semanas.

O comunicado que o Fed divulgará às 16h (horário de Brasília) será lido cuidadosamente em busca de pistas sobre como a inflação fraca, o crescimento global fraco e a volatilidade recente nos mercados financeiros influenciaram autoridades norte-americanas. Não há uma coletiva de imprensa programada para depois da reunião, nem novas projeções econômicas de autoridades do Fed.

"Eles estão preocupados sobre a economia, a global", e provavelmente vão deixar muito da linguagem intacta em vez de sinalizar progresso na direção de uma elevação dos juros, escreveu o analista do Morgan Stanley Vincent Reinhart em uma prévia da reunião.

A atenção ficará concentrada em se o comunicado do Fed continuará a fazer referência a uma "significativa" capacidade ociosa no mercado de trabalho dos EUA, e se irá continuar com linguagem indicando que os juros permanecerão baixos por um "tempo considerável", como a maioria dos economistas espera.

Os membros do Fed têm mantido as perspectivas de que a economia dos EUA irá crescer cerca de 3% neste ano, com a inflação gradualmente avançando de volta a sua meta de 2%.

Entretanto, crescimento global mais lento do que o esperado e a queda dos preços do petróleo colocaram esse cenário para a inflação em dúvida.

Investidores recentemente empurraram suas expectativas para uma alta inicial dos juros para o final do próximo ano como resultado, embora vários membros do Fed tenham recentemente dito que acham que o banco central ainda esteja a caminho de elevar os custos de empréstimos em meados de 2015.

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