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Mesmo com críticas, Black Friday deve dobrar faturamento

29 nov 2013 - 16h17
(atualizado às 19h30)
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Apesar do número recorde de ocorrências registradas em sites de reclamações e das críticas nas redes sociais, a edição online da Black Friday neste ano deve praticamente dobrar o faturamento, se comparada com a edição passada, segundo informações divulgadas pela e-bit, empresa especializada em comércio eletrônico.

Em 2012, a Black Friday movimentou R$ 243,8 milhões e para este ano a expectativa era de que houvesse crescimento de 60%, com os ganhos registrando algo em torno de R$ 390 milhões. Contudo, a e-bit afirma que com os resultados obtidos até o meio dia dessa sexta-feira, a estimativa é de que que o faturamento das empresas dobre ante o ano passado.

“As previsões já eram boas. Mas a movimentação dos consumidores em torno da data e a quantidade de lojas participantes está muito acima do esperado. Grandes varejistas já venderam 10 vezes mais, se compararmos com a última sexta-feira. De uma forma geral, o tíquete médio está bem acima do normal. Se todos os indicadores se mantiverem como nas últimas 12 horas, a Black Friday 2013 terá sucesso absoluto, quebrando todos os recordes de vendas em um único dia”, afirmou, em nota, Pedro Guasti, diretor geral da E-bit.

O MagazineLuiza.com já comemorou aumento de 100% no faturamento, antes mesmo da meia-noite. Segundo a empresa, a média de pedidos por minutos foi seis vezes maior que a média de um dia normal. “Nossa projeção de fechamento da Black Friday 2013 mostra um crescimento de 100% com relação ao ano anterior. Dobramos o volume de pedidos e também o volume de faturamento”, afirmou em nota Frederico Trajano, diretor executivo de operações da rede.  

Reclamações

O site Reclame Aqui, especializado em reclamações de consumidores, criou uma página especial para avaliar os serviços durante a Black Friday. Um ranking, constantemente atualizado durante o dia, funciona como um "termômetro" das empresas com mais acusações e já bateu recorde. As denúncias giram em torno de problemas como mau atendimento, queda dos sites, propaganda enganosa e "maquiagem de preços", quando lojas aumentam preços dias antes para depois "simularem" descontos maiores.

Evento

Na quarta edição doméstica da Black Friday, que surgiu no Brasil nas vendas apenas pela Internet, varejistas se aproveitam da data para aumentar prazos das ofertas e estendê-las às lojas físicas, num esforço para antecipar parte das vendas de Natal. Em meio à desconfiança dos consumidores após fraudes no ano passado, as empresas não desanimaram e anunciam descontos de até 95% nesta sexta-feira em produtos que vão de roupa íntima a apartamentos.

Black Friday: "Se você não for o primeiro, será o último", diz americano:

Segundo órgãos de defesa do consumidor, a pesquisa de preços deve acontecer não só no momento da compra, como antes dela, para ter ideia de quanto realmente custava o produto fora da Black Friday.

Para auxiliar o consumidor nesse dia, a Serasa Experian liberou gratuitamente a consulta do CNPJ das empresas entre os dia 29 de novembro e 1 de dezembro. O consumidor pode acessar o site da Serasa e consultar a razão social, ocorrência de protestos, cheques sem fundo, ações judiciais, endereço, falências e a existência legal da empresa com a qual pretende fechar negócio.

Além disso, neste ano surgiram algumas ferramentas que ajudarão o consumidor a não comprar por impulso. Sites como Terra ShoppingZoomJáCotei.com.br e Buscapé Company fazem o monitoramento de preços para garantir que as empresas não aumentem os preços uns dias antes para depois ofertarem os descontos astronômicos na sexta-feira.

Desta vez, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Camara-e.net, criou um Código de Ética para o evento prometendo suspender a utilização do seu selo "Black Friday Legal" das redes que desrespeitarem as regras. Fazem parte da iniciativa empresas como Netshoes e Ricardo Eletro. Além disso, empresas sócias do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) se comprometeram com o Procon-SP a solucionar pontos críticos da edição de 2012, como falhas no serviço de atendimento e instabilidade nos sites.

Confira dicas do Procon e da Proteste para evitar problemas durante o Black Friday:

- Atrair o consumidor com ofertas enganosas é uma prática abusiva. Caso encontre ofertas desse tipo, denuncie;
- Verifique os preços cobrados antes do dia marcado para o evento. Isso pode ser feito por meio dos sites das empresas que participarão da Black Friday e de outros fornecedores, inclusive na data da liquidação. Assim, evita-se o risco de cair na armadilha de promoções que não são tão vantajosas como o anunciado;
- Leia a política de privacidade da loja virtual para saber quais compromissos ela assume quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados;
- Veja a descrição do produto, compare-o com outras marcas e certifique-se de que ele supre suas necessidades;
-Imprima e/ou salve todos os documentos (telas) que demonstrem a compra e confirmação do pedido (comprovante de pagamento, contrato, anúncios, etc.);
-Procure no site a identificação da loja (razão social, CNPJ, endereço e canais de contato). Caso ocorra algum problema, localizar a empresa será fundamental para a solução. Se o fornecedor não possuir essas informações, escolha outro;
- Evite sites que exibem como forma de contato apenas um telefone celular;
- Prefira fornecedores recomendados por amigos ou familiares;
- Instale programas de antivírus e o firewall (sistema que impede a transmissão e/ou recepção de acessos nocivos ou não autorizados) e os mantenha atualizados em seu computador;
- Nunca realize transações online em lan houses, cybercafés ou computadores públicos, pois estes podem não estar adequadamente protegidos.

Fonte: Terra
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