Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Mesmo com pressão do governo, Banco Central mantém taxa Selic em 13,75%

Essa é a sétima vez seguida que a taxa básica de juros da economia brasileira não sofre alteração

21 jun 2023 - 18h39
(atualizado às 18h48)
Compartilhar
Exibir comentários
Banco Central
Banco Central
Foto: Dida Sampaio / Estadão / Estadão

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 13,75%. O anúncio foi feito no final da tarde desta quarta-feira, 21, após reunião do comitê.

Essa é a sétima vez seguida que a Selic não sofre alteração, apesar da pressão do governo e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reduzi-la. A última vez em que a Selic teve um valor mais alto do que esse foi no ciclo de 19 de outubro de 2016 até 30 de novembro de 2016, quando o índice foi a 14% ao ano.

Em nota, o Copom mencionou "fatores de risco" em seus cenários para a inflação, citando maior persistência das pressões inflacionárias globais, "alguma incerteza residual sobre o desenho final" do arcabouço fiscal e desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos.

"Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024", pontua.

No comunicado, o Copom acrescentou ainda que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado "adequada para assegurar a convergência da inflação".

"O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".

O que é

A Selic é a referência para todas as taxas de juros do mercado brasileiro, definida pelo Copom, composto pelo presidente e diretores do Banco Central. Ela é o principal instrumento de política monetária utilizado para controlar a inflação.

Quando os juros sobem, os financiamentos, empréstimos e pagamentos com cartão se tornam mais caros, o que desencoraja o consumo e, por consequência, estimula a queda na inflação. Por outro lado, se a inflação está baixa e o BC reduz os juros, isso torna os empréstimos mais baratos e incentiva o consumo.

Como é definida 

O Banco Central avalia as condições da inflação, da atividade econômica, das contas públicas e o cenário externo para definir o que fazer com a Selic, sempre com o objetivo de manter a inflação dentro da meta.

Essa é uma prática comum em governos e autoridades monetárias. O Federal Reserve (Fed) define os juros básicos da economia americana e o Banco Central Europeu faz o mesmo com os juros dos países da zona do euro.

No Brasil, o ciclo de alta da Selic começou em março de 2021 e se estendeu até agosto do mesmo ano, quando atingiu o patamar de 13,75%. Desde então, permanece inalterada, sendo o nível mais alto desde 2016, quando a taxa iniciou o ano em 14%.

Meta de inflação

O objetivo do Copom é manter a inflação brasileira dentro da chamada meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina a meta de três anos à frente, visando uma inflação previsível, estável e baixa, que possa ajudar a economia brasileira a crescer.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade