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Mesmo com queda no trimestre, governo mantem projeção do PIB

1 dez 2016 - 11h42
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Investimentos na economia caíram pelo segundo mês consecutivo, fechando agosto em menos 2,8%
Investimentos na economia caíram pelo segundo mês consecutivo, fechando agosto em menos 2,8%
Foto: Agência Brasil

O Ministério da Fazenda decidiu manter as projeções do governo para a economia em 2016 e 2017, mesmo com o anúncio da retração no terceiro trimestre divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os dados anunciados hoje (30), o Produto Interno Bruto (PIB) , soma de todos os bens e serviços produzidos no País, fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior. Com o resultado, o Brasil registrou o sétimo trimestre seguido de retração da economia.

Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, não há motivos para alterar as projeções oficiais, de retração de 3,5% em 2016 e crescimento de 1% em 2017, já que o resultado divulgado nesta quarta-feira foi "próximo do esperado". Ele estima que, na comparação trimestral, já haverá uma sinalização positiva no primeiro trimestre do ano. Isso porque a recessão, na avaliação dele, está "arrefecendo".

De acordo com o Ministério da Fazenda, a principal razão para esse resultado foi o elevado nível de endividamento das empresas e das famílias, que refletiu na queda do investimento. O quadro decorreu de condições anteriores ao estabelecido na nova agenda econômica do governo, que se mostraram mais graves do que inicialmente percebidas, avaliam os técnicos.

O secretário Fabio Kanczuk destacou ainda que o governo tem trabalhado em reformas no sentido de aumentar os ganhos de produtividade e não em uma solução que contemple apenas estímulos fiscais, sem reformas estruturais. "Essa é a razão de a gente estar na crise que estamos agora. A forma de resolver é estrutural, com reformas econômicas para ter ganho de produtividade. Isso daí vai fazer o Brasil crescer. Não, simplesmente, no próximo trimestre, mas anos à frente", concluiu.

Agência Brasil Agência Brasil
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