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Mesmo com reforço na segurança, petroleiros prometem ato contra leilão

19 out 2013 - 13h38
(atualizado às 13h38)
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Com a adesão dos petroleiros do Campo de Pargo, sobe para 40 o número de plataformas em greve na Bacia de Campos, no norte fluminense. Dessas, 21 estão sendo operadas por equipes de contingência da Petrobras e duas não aderiram à greve, iniciada na última quinta-feira, por tempo indeterminado.

De acordo com o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antonio Moraes, a paralisação na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, também está com a troca de turno suspensa, mas o abastecimento de gasolina e diesel para os postos de combustíveis não está prejudicado, porque os dutos da refinaria distribuem os derivados de petróleo direto para os tanques das distribuidoras. O mesmo acontece com o gás distribuído pela Companhia de Gás (CEG), que também recebe o produto direto por dutos. O fornecimento para as residências está normal.

Moraes disse que o uso das tropas federais para garantir a realização do leilão do Campo de Libra, que será no Hotel Windsor Barra, na segunda-feira, não impedirá que os petroleiros façam um ato público contra a privatização do campo do pré-sal da Bacia de Santos. "Nós vamos participar do ato, com apoio dos movimentos sociais, mas o mais importante para nós é a manutenção da greve.”

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 16,53%. A Petrobras oferece aumento de 6,09% (IPCA) no salário-base, além de 7,68% na Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR), e um abono equivalente a uma remuneração ou R$ 4 mil, o que for maior.

A Petrobras informa que não dará opinião sobre os motivos da greve dos funcionários e mantém as informações da nota divulgada na quinta-feira. A empresa disse ter adotado medidas para garantir a normalidade das operações "de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades da empresa e ao abastecimento do mercado, sendo mantidas as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações da companhia".

A segurança da região da Barra da Tijuca onde ocorrerá o leilão será feita pelo Exército, com reforço da Marinha, da Força Nacional e da Polícia Militar, a partir da madrugada de domingo, com patrulhamento ostensivo na faixa do litoral e nas vias do entorno do Hotel Windsor. A área de atuação das forças de segurança está delimitada pelas avenidas Lúcio Costa, Érico Verissímo, Armando Lombardi, Afonso Arinos de Melo Franco e o Canal de Marapendi.

O efetivo total empregado na operação terá cerca de 1.100 homens, entre militares e policiais federais e estaduais, policiais civis, guardas municipais e funcionários públicos. Em nota, o Comando Militar do Leste (CML) pede aos motoristas que evitem a região entre o domingo e a segunda-feira, por causa de retenções no tráfego nas vias próximas ao hotel.

Por determinação da Presidência da República, a prefeitura do Rio vai implantar um esquema especial de trânsito e de transporte na Barra da Tijuca. Em função de pontos de bloqueio estabelecidos pelo governo federal, haverá interdições de vias e alterações nos itinerários de ônibus. As mudanças começarão à 0h de segunda-feira e vão durar até o fim do evento.

A Avenida Lúcio Costa será interditada no trecho entre as ruas John Kennedy e Deputado José da Rocha Ribas. As autoridades federais recomendam que os moradores devem levar um comprovante de residência e para circular pela área. Os ônibus que passam pela Avenida Lúcio Costa circularão pelas avenidas das Américas, Armando Lombardi e Ministro Ivan Lins.

Cinquenta agentes, entre guardas municipais e controladores da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), vão atuar na região orientando os motoristas. Quinze painéis móveis darão informações e orientações sobre as condições do tráfego. O Centro de Operações Rio (COR) vai monitorar a área do evento com câmeras e técnicos da CET-Rio implantarão ajustes na programação dos semáforos, sempre que necessário, com o objetivo de garantir a fluidez do trânsito.

Agência Brasil Agência Brasil
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