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Marcelo Ramos: "Mesmo com Previdência, 2019 está perdido"

O presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência afirmou que o ano será de PIB baixo e pequena retomada do emprego

10 mai 2019 - 10h14
(atualizado às 11h17)
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O presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), disse nesta sexta-feira, 10, que ainda que o texto seja aprovado, 2019 é um ano perdido. Durante um evento organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ele afirmou que este será um ano de Produto Interno Bruto (PIB) baixo e pequena retomada do emprego.

Ramos ressaltou que, sem a reforma, "o futuro é de caos absoluto". "Elanão vai resolver todos os nossos problemas. E no dia seguinte à aprovação, não vamos viver em um mundo de prosperidade", disse.

O deputado Marcelo Ramos (ao centro) durante audiência pública da comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19)
O deputado Marcelo Ramos (ao centro) durante audiência pública da comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19)
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Ele frisou também que a reforma pede um sacrifício dos brasileiros, maior de quem tem mais renda. "O País está pedindo a brasileiros com alguma renda que façam sacrifício para que 12 milhões de brasileiros desempregados tenham chance de ter renda no futuro", afirmou.

As audiências públicas para discutir a proposta na Comissão Especial estão previstas para ocorrer até o fim de maio, segundo Ramos. "Daí em diante, teremos as emendas, os destaques e outras coisas relacionadas ao conteúdo", afirmou o parlamentar.

Ele sugeriu ainda que a proposta só deve ir a plenário quando houver 308 favoráveis. "Aí já não é mais tempo nosso da Comissão, é o tempo da política. A Comissão terá de coordenar trabalhos com a articulação do governo para garantir 308 votos para votar a matéria no plenário", disse.

Aposentadoria para servidores públicos

Durante o evento, Marcelo Ramos afirmou não ver sentido em servidor público ter aposentadoria especial. "O servidor é o único que tem a certeza de que vai aposentar", disse.

Segundo ele, parte do funcionalismo se aposenta muito cedo e passa a um novo emprego, o que distorce a função da aposentadoria. "Não é possível que o servidor no auge da maturidade vá se aposentar. Se ele se aposentar com 48 anos ele vai parar de trabalhar? Não vai. Ele vai pra outro lugar. Aposentadoria não é complementação de renda, é renda mínima para quem perdeu a capacidade de trabalhar."

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