Mesmo prioritária, pasta da Educação sofre corte de R$ 7 bi
Bloqueio orçamentário atingiu principalmente o MEC, que responderá pela maior parte do montante a ser economizado
O bloqueio nas despesas do governo federal atingiu principalmente o Ministério da Educação (MEC), prioridade do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que escolheu o lema “Pátria educadora” para os próximos quatro anos, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.
Decreto presidencial editado na quinta-feira bloqueou, até a aprovação do Orçamento deste ano, um terço dos gastos administrativos dos 39 ministérios. A pasta da Educação responderá pela maior parte do montante a ser economizado. No MEC, o bloqueio chega a R$ 7 bilhões anuais, grande parte devido às universidades federais.
Em toda a Esplanada, a medida significa um corte mensal de R$ 1,9 bilhão, o que corresponde a R$ 22,7 bilhões anuais, em despesas cotidianas como vigilância, limpeza, viagens, luz e compra de materiais.
Os números não são definitivos. Após o Orçamento se tornar lei – o que só pode ser feito após sua aprovação pelo Congresso, que está em recesso até fevereiro, e passar por sanção de Dilma -, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, devem anunciar a programação completa de desembolsos para o ano.
Depois de encerrar 2014 com os piores resultados desde o Plano Real, lançado em 1994, o governo prometeu fazer uma poupança de R$ 66,3 bilhões neste ano para o abatimento da dívida pública. Como as metas foram descumpridas nos últimos três anos, o bloqueio de despesas foi antecipado neste ano.