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Após aporte, fintech Cash.in movimenta R$ 90 mi e traça próximos passos

A plataforma é especializada em prêmios e campanhas de incentivo para empresas

24 jan 2023 - 19h01
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Fundada em 2018 pelas empreendedoras Nani Gordon e Luciana Ramos, a Cash.in é uma fintech especializada em prêmios e campanhas para incentivar equipes a alcançar resultados. Com mais de 100 mil usuários ativos e 120 clientes na carteira, a fintech atende algumas das maiores companhias do país como Ambev, Arezzo, Coca-Cola, Melitta e Nestlé, oferecendo uma plataforma para a gestão completa de campanhas com análises de resultado e full tracking do processo.

Fundadoras da Cash.in: Nani Gordon (CPO) e Luciana Ramos (CEO)
Fundadoras da Cash.in: Nani Gordon (CPO) e Luciana Ramos (CEO)
Foto: Ana Rovati / Startups

Em exclusividade ao Startups, a companhia revelou ter movimentado R$ 90 milhões com premiação digital no ano passado - um crescimento de 3,6 vezes em relação ao ano anterior. Foram mais de 2 mil pedidos de premiação, com 80 mil usuários no ano. Para Nani Gordon, diretora de produtos e desenvolvimento de negócios, o crescimento foi uma "surpresa maravilhosa", já que até o momento a fintech não fez um investimento pesado em marketing.

"Existe um trabalho incrível do comercial para chegar nas pessoas, mas temos visto um processo muito orgânico dos próprios clientes indicarem a empresa para outras pessoas, muito no boca a boca. Além disso, o produto é muito fácil e bom para o que nos propusemos fazer - a distribuição de prêmios em dois cliques e 100% digital", afirma Nani. Segundo a executiva, 2023 será um ano de consolidação e crescimento estruturado, com foco na parte comercial e de tecnologia.

Para isso, a companhia tem o apoio de um cheque de R$ 7 milhões, anunciado em dezembro. O investimento foi liderado pela gestora Bertha Capital com participação da multinacional francesa Thales, do Fundo de Investimento em Participações da Federação das Indústrias do Polo Industrial de Manaus (FIP FIEAM) e da WE Impact, venture builder dedicada a mulheres líderes de startups.

Com os recursos, a Cash.in vai aumentar o atual time de 47 pessoas para acelerar o desenvolvimento de novos produtos, incluindo uma plataforma de multi-campanhas que chega em fevereiro, e a expansão da equipe comercial para outras regiões do país. "Temos um Brasil gigante e com dores diferentes em cada localidade. Nada mais justo do que ter pessoas locais que consigam se comunicar e entender as necessidades específicas de cada cliente", explica Nani.

Para 2023

A projeção para o ano é dobrar o valor transacionado, chegando a R$ 250 milhões em volume total de pagamentos (TPV) graças ao lançamento de novas features, um novo modelo de entrega de premiações e uma plataforma de autosserviço focada em pequenas e médias empresas (PME).

"A plataforma que chega em fevereiro permitirá que o cliente crie sua campanha em apenas 5 passos e a distribua para todos os participantes. Nós criamos as métricas e encontramos as melhores formas para engajar as pessoas para que a campanha tenha mais sucesso e gere mais prêmios, o que gera mais engajamento e facilidade", diz Nani.

A empreendedora afirma que a Cash.in sempre teve um crescimento pé no chão. "Os investidores entraram, mas vamos fazer tudo com cabeça: entender quais são as pessoas, prioridades e colocações", pontua. O crescimento da carteira de clientes, segundo Nani, será uma consequência de todos esses fatores.

A Cash.in aposta na experiência do usuário para consolidar sua liderança no mercado nacional em 2023. Para a CEO e cofundadora, Luciana Ramos, uma das principais tendências para o ano no segmento de customer experience é que as empresas estão cada vez mais conscientes de que precisam olhar para a jornada do consumidor de uma forma mais cuidadosa.

"As companhias se deram conta que precisam entender a jornada completa, de ponta a ponta, da definição do planejamento bem feito de uma campanha assertiva, descomplicada e objetiva, até a entrega do prêmio, com controle dos processos por meio de tecnologia e tracking", afirma Luciana, em nota. O desafio é fazer isso com usabilidade e de um modo que engaje os colaboradores. "O ano de 2023 virá para ratificar que as melhores práticas de consumer experience obrigatoriamente passam por fazer um trabalho de sucesso no quesito experiência do colaborador."

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