Artigo: ESG para startup, mais que um slide no seu pitch deck
* Alexandre Uehara é fundador e head de Inovação da Innov8 Hoje em dia não é necessário mais explicar o que é ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) no detalhe. Os valores sociais, ambientais e de governança estão na pauta de grandes empresas e conselhos. Além disso, é um dos temas mais buscados para o […]
* Alexandre Uehara é fundador e head de Inovação da Innov8
Hoje em dia não é necessário mais explicar o que é ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) no detalhe. Os valores sociais, ambientais e de governança estão na pauta de grandes empresas e conselhos. Além disso, é um dos temas mais buscados para o aprendizado nos últimos anos.
Muitas startups já nascem com esse propósito. Seja em ter a preocupação com o impacto ambiental como aquecimento global, redução de resíduos tóxicos, poluição do ar, desmatamento, eficiência energética, escassez de água etc; seja com responsabilidade social como diversidade, equidade, inclusão, respeito ao consumidor etc; seja para composição de conselho, relações com entidades governamentais, existência de canais de denúncia etc.
Outras startups nasceram sem esse propósito, e conseguiram entender para se adequar e realmente criar esse impacto e ter suas responsabilidades.
Por outro lado há algumas que adequaram rapidamente apenas em seu pitch. Mas, o que realmente entendem sobre ESG? Ou melhor, o que realmente estão fazendo dentro desse tema? Há responsabilidade claramente definida, ou está apenas no papel / pitch deck.
Como olhar para o ESG
Cada vez mais os investidores estão olhando para o ESG como filtro para minimizar o risco de investimento. Por isso é de suma importância não apenas entender, mas praticar e mostrar esses resultados. Não é mais apenas o financeiro que importa. E sim, práticas como um ambiente inclusivo, diverso, com preocupação ambiental, e não só de lucro.
Assim como há startups que colocam em seu pitch deck os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis), mas nunca leram e não conhecem a agenda 2030, e apenas incluíram o título de cada um dos ODS, e as metas impactadas.
Se realmente estiver na tese de um investidor o ESG, ele vai saber se realmente a startup está praticando ou não. É importante lembrar que as metas de sustentabilidade assumidas pelas empresas se tornam compromissos públicos. Para a startup não é diferente.
Grandes empresas que aderirem e de fato praticar os compromissos para o ESG, serão protagonistas do mercado, dando um exemplo para a sociedade e impactando as pessoas. As startup precisam também efetivamente ter esse compromisso desde as pequenas ações da equipe até o impacto no produto ou serviço oferecido. Desde monitorar recursos de energia e água, ver se seus produtos são susutentáveis, se há um processo para controle de acesso a dados sensíveis, se há políticas de não discriminação, se há objetivos de diversidade e inclusão, etc..
Pois a questão não é escolher entre contribuir para um mundo mais sustentável ou ter resultados financeiros, e sim ter um equilíbrio entre os dois.