Linguagem neutra e oratória: o que é e como usar?
Linguagem não-binária tem sido adotada para se comunicar de um modo mais inclusivo.
Oi, Speaker!
Você sabe o que é a linguagem neutra?
Esse tipo de linguagem, também chamado de linguagem não-binária, vem sendo incorporado à comunicação de empresas, marcas, líderes e pessoas em geral.
Os motivos? Adotar uma comunicação mais inclusiva e abrangente, que vai de encontro ao binarismo de gênero na linguagem.
Mas, afinal, como usar a linguagem neutra na prática? É usando o X ou o @ ao final das palavras? E, mais: adotar ou não essa comunicação na sua empresa?
Confira a seguir!
Linguagem neutra: o que é?
A língua e a linguagem, assim como a Comunicação, mudam e se transformam com o tempo. Vão muito além de regras e paradigmas prontos. E a linguagem neutra é um exemplo disso.
Como eu disse, a linguagem neutra, ou não-binária, deixa de adotar o binarismo de gênero, aquele que considera apenas o masculino e o feminino, ao se referir a uma pessoa. É uma maneira de utilizar uma linguagem abrangente – e não excludente.
Para entender melhor na prática, pensemos na companhia aérea Japain Airlines. A empresa decidiu não usar mais o “senhores e senhoras” no tratamento aos clientes e, ao invés disso, implementar uma comunicação neutra, não-binária.
E como a linguagem neutra é usada na prática?
Quando falamos na linguagem neutra, muitas pessoas tendem a pensar, imediatamente, na substituição da letra de algumas palavras por “X” ou “@”. Contudo, há uma série de sistemas de linguagem neutra.
Usar o X ou o @ ainda é algo que vemos por aí. Nesse sistema, o “senhores e senhoras” das companhias aéreas se transformaria em “senhorxs” ou “senhor@s”, por exemplo.
Mas o uso do X ou do @ já está ultrapassado e não é o mais aconselhável, já que traz consigo alguns problemas centrais:
- É de difícil pronunciação
- É pouco acessível para pessoas com dislexia
- Não é reconhecido por aplicativos de leitura utilizados por deficientes físicos
Se o propósito da linguagem neutra é ser inclusivo, o uso do X e da @ não é o ideal. Então, como usar?
Há outros sistemas de linguagem neutra. Um dos mais citados na mídia é o sistema ILE. Nele, a grafia e a pronunciação de algumas palavras seriam: amigue, minhe, nosse. A frase “eles são amigos” seria “iles são amigues”, por exemplo.
Transformações na escrita e na fala
Na linguagem neutra, existem outras adaptações que podem ser feitas – tanto na escrita quanto na fala. Algumas delas são:
- Evitar artigos e pronomes de gênero em substantivos uniformes
E como seria isso na prática? Na frase: “os professores virão para o concurso”, bastaria retirar o “os”. Não há necessidade dessa especificação e eliminá-la, sempre que possível, é uma forma de adotar uma linguagem mais neutra.
- Substituir sujeitos por “pessoas que”
Por exemplo: ao invés de escrever “bons comunicadores são”, usar “pessoas que se comunicam bem são”. Notou a diferença? Na segunda opção, a linguagem é neutra, isto é, não se refere especificamente ao gênero feminino ou masculino.
Adotar ou não a linguagem neutra?
A decisão de usar ou não a linguagem não-binária vai da política de cada empresa. Hoje, essa decisão é algo que posiciona uma marca até politicamente. É importante se ater a isso!
Além disso, as pessoas, marcas e empresas que decidem alterar a maneira como se comunicam precisam garantir que essa adaptação seja correta (e não usar o X ou o @, por exemplo).
Também é importante padronizar a linguagem em todos os canais de comunicação, já que a linguagem também está ligada à identidade. Se você decidir utilizar a linguagem neutra:
- conheça suas variações
- padronize seus canais de comunicação
- garanta que esse uso será feito corretamente
E aí, ainda tem dúvidas quanto a este tema? Fale comigo!
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