Oratória: como usar a emoção nos discursos?
Esse é um dos aspectos da oratória que mais gera dúvida nas pessoas que decidiram aprimorar as suas habilidades de comunicação!
Olá, Speakers! Como vocês estão?
Vocês já pararam para refletir sobre o uso da emoção nos discursos e nas apresentações em público? Esse é um dos aspectos da oratória que mais gera dúvida nas pessoas que decidiram aprimorar as suas habilidades de comunicação, especialmente para melhorar a performance em exposições orais.
Às vezes, nos concentramos muito em trabalhar técnicas relacionadas à postura, ao uso da voz, à organização do raciocínio, mas deixamos de investir também em outros itens que fazem de um discurso algo inspirador.
Nas escolas tradicionais de oratória, por exemplo, é muito provável que o uso da emoção não seja um dos tópicos de estudos durante os treinamentos. Mas, hoje, sabe-se que a emoção pode ser uma excelente estratégia, desde que usada da forma adequada. Vamos falar mais sobre isso?
Emoções negativas: quais são e como evitá-las durante um discurso?
Quando falamos em emoção, especialmente no contexto das apresentações em público, podemos pensar em duas categorias: as emoções positivas e as emoções negativas. E entender quais são elas é fundamental para saber como fazer uma apresentação positivamente emotiva.
As emoções negativas, na maioria das vezes, estão relacionadas ao medo de falar em público. Esse medo traz consigo um “pacote” de sensações ruins, como ansiedade, insegurança e nervosismo. Essas emoções claramente precisam ser controladas e não devem estar em evidência durante uma apresentação em público.
Um comunicador que transmite para o público o seu nervosismo prejudica bastante a sua performance no palco. Isso acontece porque um dos pilares para um bom discurso ou uma boa apresentação é conseguir gerar confiança, ou seja, fazer com que as pessoas se sintam seguras em relação ao comunicador e ao que ele diz. E uma pessoa muito nervosa não consegue gerar esse tipo de confiança.
Sendo assim, as emoções negativas – relacionadas ao medo de falar em público – não são estratégias para uma boa apresentação. Pelo contrário, são sentimentos que precisam ser controlados, caso não sejam, prejudicam bastante o comunicador.
Emoções positivas: como usá-las nas apresentações?
Por outro lado, Speakers, existe outro tipo de emoções, que são bastante positivas durante uma apresentação em público. Na verdade, essas emoções são essenciais para que o comunicador consiga gerar empatia e construir uma relação mais próxima com a sua plateia.
Para entender esse aspecto da comunicação, vamos pensar em uma apresentação ou discurso que tenha zero carga emotiva. O comunicador sobe ao palco e apenas diz o que tem que dizer, mantendo a mesma expressão facial e o mesmo tom de voz durante todo o tempo. O conteúdo da sua fala é focado estritamente nas informações que ele quer transmitir e não há nenhuma história ou personagem para ilustrar fatos, números e argumentos.
Provavelmente, esse comunicador não conseguirá reter a atenção do público por muito tempo, não é verdade? E, ainda que consiga, dificilmente essa será uma apresentação inspiradora, da qual as pessoas se lembrarão no futuro. Uma fala sem emoção é apenas um “despejar informações” robotizado, incompatível com a ideia de comunicação como troca.
O que quero dizer, Speakers, é que uma boa apresentação em público ou discurso são aqueles que têm, sim, uma carga emotiva. E isso acontece porque é através da emoção que nós, comunicadores, conseguimos nos conectar realmente com as pessoas que estão na plateia e, assim, logramos atingir o nosso principal objetivo: inspirar os demais.
“Ok, Livia, mas como uso a emoção nas minhas apresentações?” Bem, Speakers, o primeiro passo para saber usar a emoção em situações que envolvem exposição de fala é aprimorar nossas habilidades de oratória através da orientação de um profissional capacitado para isso. Ainda assim, separei algumas dicas sobre como dar às apresentações uma carga emotiva positiva. Vejamos:
- Deixar de lado a máscara do corporativismo
A máscara do corporativismo é a tendência em adotar uma expressão neutra durante toda a apresentação. Às vezes, no mundo corporativo tradicional, as pessoas são obrigadas a esconderem suas emoções e, quando vão se apresentar em público, pensam que devem fazer o mesmo.
Despir-se dessa máscara é não ter medo de expressar suas emoções através de seu rosto e sua postura, sorrindo, rindo e se emocionando quando a sua fala for, de fato, emotiva e permitir esse tipo de interação. Lembrem-se, Speakers: a comunicação não está apenas na linguagem falada, mas também – e em grande parte – na linguagem não-verbal.
- Storytelling
Uma das técnicas mais eficazes para agregar emoção a uma fala é a Storytelling ou, em português, o ato de contar uma história. Utilizar essa estratégia é incluir, nas apresentações em público, histórias de personagens (que pode ser o próprio comunicador) para que as pessoas da plateia consigam visualizar melhor as informações e consigam se emocionar e sentir empatia com elas.
Sempre que possível, vale a pena incluir histórias (reais) nas exposições orais. É preciso, no entanto, ter bom senso para escolher essas histórias e o momento de abordá-las. Geralmente, a introdução e a conclusão são etapas propícias para isso.
Speakers, como vimos, controlar as emoções negativas, relacionadas ao nervosismo, e impulsionar as positivas são habilidades fundamentais para sermos bons comunicadores. Para isso, a prática, a dedicação e a orientação de um profissional são essenciais.
Se você quer aprimorar suas habilidades e aprender a utilizar a emoção nas suas apresentações, fale com a gente! Ficaremos felizes em tê-lo na The Speaker!
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