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Bullying escolar levou Ralph Lauren a criar ícone fashion

Estilista mudou nome de batismo pois o original lembrava um palavrão em inglês. Nova identidade se tornou a 89ª marca mais valiosa do mundo

8 jul 2015 - 07h00
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Poucas pessoas têm um nome que vale milhões. O estilista norte-americano Ralph Lauren é uma delas. Segundo a revista Forbes, a identidade da grife que ele fundou é a 89ª marca mais valiosa do mundo, e está entre as dez mais valorizadas no segmento de moda. O curioso é que Ralph Lauren não é o nome de batismo do magnata das camisas Polo, mas sim uma segunda identidade, que ele mesmo escolheu quando mudou o registro que constava em sua certidão de nascimento por causa das piadas que os colegas de escola faziam devido à semelhança de seu sobrenome original com um palavrão em inglês. 

Entenda mais sobre o mundo das franquias

O futuro empresário nasceu como Ralph Lifshitz, no bairro do Bronx, em Nova York, em 1939. Filho de um pintor de paredes judeu que emigrou de Belarus, no Leste Europeu, para os Estados Unidos, ele teve uma infância bastante humilde. Aos 16 anos, as constates provocações que sofria na escola o levaram a mudar o nome para Ralph Lauren. “Meu nome tinha a palavra ‘merda’, e as outras crianças tiravam muito sarro de mim. Foram tempos difíceis. Por isso ou resolvi mudá-lo”, revelou o empresário em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey.

Ralph Lauren alcançou grande sucesso graças à linha de camisas Polo, lançada em 1972
Ralph Lauren alcançou grande sucesso graças à linha de camisas Polo, lançada em 1972
Foto: Mike Coppola / Getty Images

Após se formar na escola, ele estudou negócios por dois anos no Baruch College de Manhattan e serviu o Exército entre 1962 e 1964. Assim que deixou as forças armadas, Ralph conseguiu emprego como balconista na loja Brook Brothers e depois se tornou vendedor de uma empresa de gravatas. Enquanto oferecia seu produto aos clientes, o jovem começou a notar que muitos homens valorizavam a estética das gravatas, mas não encontravam muitas opções no mercado, percebendo um enorme potencial a ser explorado.

Em 1966, quando tinha 26 anos, ele resolveu apresentar um novo projeto de design de gravatas inspirado em modelos europeus. No entanto, a ideia foi rejeitada por sua empresa, pois ela acreditava que o produto não seria comercialmente viável. Acreditando em sua ideia, Ralph pediu demissão e resolveu desenvolver sua própria linha de gravas de forma independente.

Com poucos recursos, o jovem conseguiu um empréstimo de US$ 50 mil e começou a produzir suas gravatas a partir de restos de tecidos. Inicialmente, ele vendia as peças para pequenas lojas de Nova York, até que foi surpreendido por um cliente que encomendou 1,2 mil gravadas de uma só vez.

A criação de um ícone

Com o dinheiro e o apoio de um fabricante de roupas em Manhattan, em 1967, Ralph conseguiu abrir uma loja para vender as gravatas diretamente para o público final e começou a comercializar a linha que havia criado. As peças levavam seu nome e o logo de um jogador de polo montado em um cavalo. Nascia, assim, um ícone da moda do fim do século 20: a Polo Ralph Lauren.  

Em 1970, ele resolveu apostar em novos mercados e desenvolveu uma linha de ternos femininos que obteve grande sucesso. O produto que transformaria a marca de Ralph Lauren em um sucesso mundial, no entanto, apareceu dois anos depois, quando ele lançou a famosa linha de camisetas de algodão de manga curta em 24 cores, que logo se tornou um clássico da moda popular. Como reconhecimento pelos seus projetos bem-sucedidos, ele foi contratado para desenhar os figurinos do filme “O Grande Gatsby”, de 1974, o que lhe deu ainda mais projeção.

Na década de 1980, a empresa se expandiu rapidamente pelos Estados Unidos e ganhou unidades no exterior. Atualmente, a Ralph Lauren Corporation conta com mais de 23 mil funcionários e faturou US$ 7,5 bilhões em 2014.

Fonte: PrimaPagina
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