Cisco e Distrito se unem pela inovação aberta em cibersegurança
Movimento Cybertech envolve a criação de um hub em São Paulo, conteúdo, eventos e programa de inovação aberta
Colocar o cenário brasileiro de inovação em cibersegurança no mapa. Pelo menos este é o plano que Cisco e Distrito têm em mente com a criação do Movimento CyberTech, iniciativa para fomentar o ecossistema de startups deste segmento.
Anunciado na metade do ano, o movimento agora se manifesta fisicamente através do lançamento de um centro dedicado, o Cisco Secure Cyberhub, localizado dentro do Distrito Fintech, em São Paulo. Segundo a Cisco, este é o primeiro centro de segurança da companhia na América Latina - o outro fica em Milão, na Itália.
Além do hub, a iniciativa contará com um portal para a distribuição de conteúdos e relacionamento entre empresas e profissionais participantes do movimento, assim como uma agenda de eventos dedicada ao tema. Outra parte do movimento recém-lançado foi a criação de um programa de inovação aberta, que abriu suas inscrições para startups.
"O foco é trazer todas as startups e companhias para perto da iniciativa, a fim de conduzir diversos projetos e colocar a cibersegurança como parte de suas estratégias de negócio", afirmou Rodrigo Uchoa, diretor de digitalização da Cisco no Brasil. De acordo com um mapeamento realizado pelo Distrito, atualmente o país conta com mais de 230 startups dedicadas a soluções de segurança digital, e o objetivo é unificar este mercado.
"Hoje os principais mercados de segurança estão em países como EUA e Israel, mas nós poderíamos até estar neste mapa. Talvez não estejamos porque não se olha tanto para este mercado quanto se olha para as fintechs por aqui", completa o executivo da Cisco.
Inovação aberta
Um dos principais motes do Cybertech é a criação do Programa de Inovação Aberta, com foco em soluções de detecção de ameaças e resposta a incidentes. "É uma chamada para todos os empreendedores e startups que desejam ajudar a tornar o ecossistema digital mais seguro, projetando soluções que auxiliem profissionais do setor na tomada de decisões ao analisar, compreender e responder a dados de ameaças de forma mais ágil e automatizada", afirmam as empresas na página do programa.
Nos termos do programa, serão selecionadas startups de diversos setores para desenvolver soluções baseadas na plataforma SecureX, da Cisco, em um programa de 3 meses no Cyberhub. Neste tempo, as startups escolhidas receberão mentorias com a Cisco e Distrito. "Ao longo deste tempo, elaboraremos as ideias com o objetivo de gerar um MVP", explica Gustavo Araújo, CEO do Distrito.
Segundo Rodrigo Uchoa, a escolha da plataforma da Cisco permitirá a diversos negócios - fintechs, healthtechs e edtechs, por exemplo - a construírem suas interfaces de segurança de forma facilitada. "O SecureX nasceu como uma solução aberta, com APIs para que as startups construam soluções em cima dela", explica.
Para o CEO, a tônica do projeto é levar a discussão da cibersegurança além do setor de TI das empresas, colocando o tema na pauta de negócios das organizações. "A ideia do hub e do projeto de inovação aberta é conscientizar novos planos (nas empresas) e colocar a cibersegurança como parte da estratégia desde cedo", finaliza Gustavo.