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Com "empurrão" da The Coffee, SumUp avança em franquias

Desde abril, as mais de 200 unidades da rede de cafeterias paranaense contam com a nova tecnologia da fintech

13 jun 2023 - 18h04
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Em março, Carlos Grieco, CEO no Brasil da fintech de pagamentos SumUp, disse ao Finsiders que o objetivo da empresa era se consolidar entre os pequenos empreendedores no país. Agora, a companhia começa a tirar os planos do papel para avançar nessa estratégia.

SumUP
SumUP
Foto: SumUP. divulgação / Startups

Desde abril, por exemplo, as mais de 200 unidades da rede de cafeterias paranaense The Coffee contam com a nova tecnologia da SumUp, informa a fintech com exclusividade ao Finsiders.

Na prática, os empreendedores podem incorporar as maquininhas da fintech, como a Solo, a diferentes sistemas de gestão. Lançada no ano passado, a Solo aceita Pix, link de pagamento e boleto. As transações acontecem em uma tela touch-screen (sensível ao toque).

"Em franquias, por exemplo, agora conseguimos facilmente integrar nossas maquininhas aos sistemas de gestão próprios dos clientes, criando uma experiência muito melhor para o lojista e para os seus respectivos fregueses", diz Carlos, ao Finsiders.

Nascida em 2018, a The Coffee é uma cafeteria tecnológica fundada pelos irmãos Alexandre, Carlos e Luis Fertonani baseada no estilo "to go" ("para levar") das redes minimalistas japonesas. Atualmente conta com 210 lojas no mundo, em cinco países. E atende mais de 416 mil consumidores por mês.

De olho nas franquias

O acordo com a The Coffee marca, ainda, a entrada da SumUp no mercado de franquias. Conforme diz o CEO da fintech, outras redes estão na mira, principalmente no setor de alimentação. "Mas não temos restrições de setores. Todos podem ser potenciais clientes."

Não se trata de um ERP, tampouco um PDV. A SumUP está utilizando um SDK de pagamentos — um tipo de integrador -, em que uma parte do seu app possibilita que comerciantes de diversos segmentos consigam operar com cartão de crédito e débito com os terminais proprietários da empresa. Em outras palavras, é um pacote com a função de pagamento que pode ser acoplado no sistema dos parceiros, como PDVs próprios.

De acordo com o executivo, a ideia funciona como uma espécie de cross-selling. Além de viabilizar a integração com as próprias maquininhas, a ferramenta tem o objetivo de oferecer benefícios como taxas mais baixas, conta no SumUp Bank, pagamento das vendas em menos de 1 hora e antecipação de recebíveis, entre outras funcionalidades.

Crédito

Dessa forma, o potencial de receita é maior. A SumUp não abre os números da operação brasileira, mas diz contar com 4 milhões de empreendedores na sua base, espalhados por 35 mercados. Em 2022, a empresa concedeu mais de R$ 38 milhões em crédito.

Fundada em 2012 em Berlim, na Alemanha, a SumUp está no Brasil desde 2013. Em 2020, recebeu a autorização do Banco Central (BC) para operar como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Segundo dados do Crunchbase, a companhia já levantou mais de US$ 2 bilhões em aportes de nomes como BlackRock, Goldman Sachs, Oaktree Capital Management e Bain Capital Tech Opportunities, entre outros. Na última rodada, em junho do ano passado, os investidores colocaram 590 milhões de euros (cerca de R$ 3,2 bilhões) no caixa, elevando o valuation para 8 bilhões de euros (em torno de US$ 8,5 bilhões).

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