Dark Kitchens multimarcas: o futuro da gastronomia no Brasil
Com o crescimento acelerado do delivery, dark kitchens multimarcas, como o Harõ Sushi, reúnem diferentes cardápios em uma operação única
As dark kitchens se consolidaram como um modelo promissor no setor de food service, especialmente durante a pandemia, e a Harõ Sushi se destaca como uma referência no Brasil.
As dark kitchens, também conhecidas como cozinhas fantasmas, se consolidaram como um dos modelos de negócios mais promissores no setor de food service. Sem atendimento presencial e operando exclusivamente para delivery, elas vêm conquistando espaço e se destacam pela eficiência. No Brasil, o modelo se fortaleceu durante a pandemia, quando a demanda por entregas de refeições cresceu exponencialmente. Hoje, este formato representa um terço dos restaurantes cadastrados no iFood, o principal player do mercado de delivery, em cidades como São Paulo, Campinas e Limeira, de acordo com um estudo recente da Unicamp.
Globalmente, a expansão das dark kitchens reflete uma tendência duradoura. Dados da Coherent Market Insights apontam que o segmento deve crescer a uma taxa anual de 12%, alcançando uma movimentação de US$ 157,2 bilhões até 2030. Esse panorama promissor atrai cada vez mais empreendedores interessados em ingressar no setor de alimentação, seja como novos investidores ou como ampliadores de negócios já estabelecidos.
Nesse contexto, a Harõ Sushi emerge como uma referência no Brasil. Fundada em 2017 e parte do Grupo Harõ, a rede tem se destacado pelo modelo dark kitchen e pela especialização em comida japonesa. Com mais de 50 unidades distribuídas em 13 estados, a Harõ Sushi é hoje uma das marcas mais sólidas no segmento de delivery de culinária asiática. Esse sucesso é evidenciado pelo fato de que, em 2023, a rede foi responsável por 60% do faturamento de R$ 50 milhões do Grupo Harō. A conquista de uma premiação no iFood Super Restaurantes 2024 como o Melhor Restaurante Delivery Nacional de Comida Asiática, reforça ainda mais a força do modelo da marca, comprovando sua capacidade de atender a alta demanda e manter a satisfação dos clientes.
Para Fernando Andrade e João Pedro Bezerra, sócios-fundadores do Grupo Harõ, o formato dark kitchen representa não apenas uma oportunidade de expansão rápida, mas também um meio eficiente de levar a culinária japonesa a diferentes regiões do Brasil. Com o apoio do sócio-investidor Rodrigo Melo, especialista em franchising e responsável pela estruturação da rede como franquia em 2019, o grupo traçou metas ousadas. A expectativa é dobrar o faturamento e o número de unidades da Harõ até 2025, o que fortalecerá ainda mais a presença da marca no mercado nacional.
A flexibilidade operacional da Harõ Sushi, aliada a parcerias estratégicas com plataformas de entrega como o iFood, torna-se um diferencial importante. Aproximadamente 70% dos pedidos da rede provêm dessa plataforma, evidenciando o impacto que o delivery tem na trajetória da empresa. A expansão do Grupo Harõ vai além da Harõ Sushi, incluindo outras cinco marcas de alimentação, oferecendo opções para empreendedores que buscam diversificação em um único ponto de venda.
"Com o crescimento das dark kitchens e o apoio das grandes plataformas de delivery, a Harõ Sushi está bem posicionada para aproveitar essa tendência global. Estamos em um mercado que avança rapidamente rumo ao futuro, sempre buscando inovação. Por isso, continuamos investindo em infraestrutura e em processos que valorizem tanto a eficiência quanto a experiência gastronômica dos nossos clientes. Acredito que o modelo da Harõ não é apenas uma tendência passageira; ele representa uma nova maneira de pensar o food service, onde sabor e praticidade podem, sim, coexistir em harmonia”, finaliza Fernando Andrade.