Deu a volta por cima, abriu o Haro Sushi e vai faturar R$ 70 milhões
Além de dar a volta por cima, o empreendedor Fernando Andrade mira chegar a 100 unidades até o fim de 2025
Fernando Andrade, após falir restaurante de rodízio japonês, fundou a Harō Sushi, que se tornou um grande sucesso no segmento de delivery de comida japonesa, expandindo para o Grupo Harō e conquistando prêmios de qualidade.
Fernando Andrade, natural de Olinda, sempre sonhou em empreender, mas seu primeiro grande negócio, um restaurante de rodízio japonês chamado Miwa, teve que fechar as portas em 2015. Buscando recomeçar, Fernando foi ao Rio de Janeiro e percebeu uma oportunidade: um serviço de delivery de comida japonesa poderia ser mais econômico e estruturado. Com a parceria de João Pedro Bezerra, seu amigo e ex-sócio, Fernando criou o conceito da Harō Sushi, focado exclusivamente em delivery, com um modelo de dark kitchen. Em junho de 2017, com um investimento inicial de R$ 30 mil, nasceu a primeira unidade da Harō Sushi em Olinda.
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Em 2019 contrataram uma consultoria para formatar a rede de franquias e o consultor responsável gostou tanto, que anos mais tarde resolveu investir na marca, tornando-se sócio. Para 2024, o plano é ir mais longe, com a meta de atingir 100 unidades até o fim de 2025 e fechar 2024 com um faturamento de R$ 70 milhões.
O aprendizado que motivou a volta por cima
Se o senso comum diz que toda história de sucesso começa com a abertura de um negócio, para o jovem olindense, aconteceu ao contrário. Começou em 2011, junto a um amigo, uma loja de material para escritório focada em empresas. Foram dois bons anos, quando o jovem decidiu que era hora de deixar a sociedade e abrir um restaurante de rodízio japonês. O Miwa, como era chamado, foi um estouro! Conhecido em toda região e constantemente cheio, o passo a seguir parecia claro: aumentar a área do local. Um espaço que abrigava 30 pessoas passou a ter capacidade para 170. Eram mais de 30 funcionários, 12 deles garçons. O que parecia o apogeu e a certeza de uma grande história, logo se provou o oposto. A falta de maturidade para lidar com os processos de gestão que um grande negócio exige foram fatais para o restaurante e não sobrou opção a não ser fechar as portas.
A mosca do empreendedorismo atacava novamente
Sem perspectivas de contornar a situação, Fernando e o sócio decretaram falência e encerraram as atividades do Miwa em 2015, dois anos depois de aberto. Sem muito ânimo, Andrade embarcou para o Rio de Janeiro em 2016 para se estabelecer em outro segmento que não fosse o da gastronomia, mas foi preciso pouco tempo em terras cariocas para o jovem de Olinda perceber que ter um rodízio não era a única opção na área. O serviço de delivery poderia oferecer uma experiência única e muito mais profissional do que acontecia em sua cidade natal.
Fernando então telefonou para João Pedro. O plano agora era aperfeiçoar a culinária japonesa, mas focada exclusivamente no delivery. As razões eram variadas: desde um formato de negócio mais enxuto e econômico até a possibilidade de profissionalizar o que ainda era muito caseiro na cidade pernambucana, com negócios que surgiam em casa quando alguém se tornava sushiman.Naquele mesmo ano, no fim de 2016, Fernando voltou para casa e em junho de 2017 abriu a primeira unidade da Harō Sushi.
Um trauma bem-vindo
Formatado para funcionar em dark kitchen, os custos operacionais do negócio são bem menores do que uma unidade com loja aberta ao público. Com a necessidade de pouca mão de obra e um espaço reduzido, o trauma de Fernando foi a alavanca para projetar a Harō Sushi ainda mais longe. O modelo de negócio foi pensado para ser replicável desde o início e conquistar todo o Brasil, os sócios lançaram oficialmente o modelo de franquia da Harō Sushi no começo de 2020, depois de passar um período em formatação com uma consultoria especializada no assunto. A frente dessa consultoria estava Rodrigo Melo, que acumulava expertise no segmento sendo também franqueador da Açaí Concept, com mais de 100 unidades em funcionamento.
Na contramão das dificuldades e inseguranças que o varejo e toda a sociedade viviam na época com a pandemia, o Harō Sushi tinha um diferencial. Com uma operação enxuta e baseada no delivery, a rede não precisou criar formas de sobreviver, o que deu a ela uma vantagem no mercado. Naquele mesmo ano, foram vendidas duas unidades e o faturamento chegou próximo da casa de R$ 6 milhões. No fim de 2021, já eram 20 unidades e o faturamento foi de R$ 13,5 milhões, tudo mostrava que estavam no caminho certo.
O Grupo Harō
Em busca de inovação, os sócios da Harō Sushi, decidiram embarcar em outros nichos da culinária asiática e italiana, criando outras marcas que, juntas, formam o Grupo Harō. A holding detém as marcas Harō Sushi, Hapoke, The Roll, Redwok, Mango Salad e Tio Parma, e oferece um modelo de franquia 6 em 1, com a possibilidade de operação em dois formatos diferentes de negócios, dark kitchen e take away, loja com porta na rua com poucas mesas e sem garçom.
O Grupo Harō também trabalha com fornecedores homologados e oferece um aplicativo próprio para os franqueados. A ideia é que o empreendedor tenha opção de investimento que permita a operação das seis marcas do grupo em um único ponto.
Em 2023, Melo volta a se unir com Andrade e Bezerra, desta vez como sócio e trazendo toda sua expertise para impulsionar a expansão da marca. A julgar pelo ritmo conquistado até aqui, os planos devem se concretizar e tornar Grupo Harō na maior rede de culinária asiática do Brasil nos próximos anos. Além de conquistar solidez ao longo dos anos, a Harō Sushi também se destacou pela excelência em seu serviço, atendimento e culinária. A recente premiação no iFood Super Restaurantes 2024, como Melhor Restaurante Delivery de Comida Asiática do Brasil, evidencia ainda mais o compromisso da marca com a alta qualidade de suas entregas.