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Ease Labs capta R$ 15 milhões em venture debt com Itaú

Aporte será destinado à expansão da marca e investimentos na área de Pesquisa e Desenvolvimento

11 mai 2023 - 16h31
(atualizado em 12/5/2023 às 16h37)
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A Ease Labs, startup nacional de produtos à base de cannabis, anunciou a captação de R$ 15 milhões através de uma rodada de venture debt realizada com o Itaú. Segundo a companhia, o aporte será destinado à expansão da marca e investimentos na área de Pesquisa e Desenvolvimento.

Ease Labs
Ease Labs
Foto: Ease Labs. Canva / Startups

"O investimento será utilizado na pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos e na expansão comercial e de marketing da empresa, com ações de comunicação e aproximação com a comunidade médica", destacou o CEO Gustavo Palhares, em nota ao Startups.

De acordo com o CEO, a opção pelo venture debt está em linha com as expectativas de crescimento da Ease Labs, que projeta um crescimento exponencial nos próximos anos, podendo chegar a 10 vezes o valor atual de mercado.

"O venture debt veio como uma alternativa bastante positiva para os acionistas", explica Gustavo. "A escolha do formato de venture debt está muito ligada à fase em que estamos vivendo como empresa, com o valor crescendo de forma exponencial e nosso time alcançando muitos marcos estipulados em nosso roadmap. Além disso, por ser um acordo fechado com uma instituição financeira do porte do Itaú, é algo muito positivo para o mercado", completa.

Vale lembrar que, no ano passado, a Ease Labs recebeu um aporte de R$ 12 milhões no modelo de equity, em uma rodada liderada pelo fundo MadFish, criado pelo tenista mineiro Bruno Soares. O aporte, feito com a assessoria da boutique VS1 Capital, contou com a participação de outros investidores mantidos em segredo, que se juntaram à gestora Impacto Hub e aos fundos BizHub e ALF, que entraram em captações anteriores.

No caso do Itaú, o aporte saiu de seu braço de venture debt, feito na forma de uma dívida não conversível dedicada a empresas inovadoras com alto potencial de crescimento, que conta com uma remuneração adicional - o kicker, ligado ao aumento do valuation da empresa.

"Enxergamos na Ease Labs uma empresa capitalizada, já com fluxo de caixa bastante previsível e que atua em um novo mercado, ou seja, unimos um retorno bastante atraente para o banco com o apoio a uma empresa com excelentes perspectivas de crescimento", afirma Caio Viggiano, managing director de Renda Fixa do Itaú BBA.

Crescimento a todo vapor

Números e estimativas de crescimento a Ease Labs tem. A companhia revelou no ano passado que cresceu 1.113% em 2020 e 203% em 2021. A projeção é crescer mais de 10 vezes e faturar R$ 240 milhões até 2025 graças a um modelo de produção local e distribuição em escala.

Por falar em expansão, em agosto do ano passado, pouco tempo após de sua rodada com a MadFish, a Ease fez um investimento importante para sua estratégia de crescimento. Ela comprou a Catedral, farmoquímica que é uma das sete empresas do país liberadas pela Anvisa para a produção de medicamentos fitoterápicos.

Com a aquisição, de valor não aberto, o plano da empresa foi o de não apenas ampliar a capacidade produtiva de sua linha à base de cannabis para o futuro, mas também expandir seu portfólio de produtos.

Perguntado sobre o momento atual da Ease Labs com a empresa adquirida, Gustavo afirmou que a Catedral passou por uma reformulação de marca, passando a se chamar Semeya, assumindo um papel estratégico na operação da companhia.

"Hoje (a Semeya) é responsável pelo processo de purificação do insumo da cannabis. Após a aquisição, temos atuado fortemente na implementação de um sistema de qualidade único e na expansão dos negócios", finaliza.

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