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Elon Musk pergunta se deve continuar CEO do Twitter e resposta foi NÃO

Bilionário resolveu lançar a questão via enquete em seu perfil da rede social, com 57,5% do público pedindo para ele sair

20 dez 2022 - 03h19
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Se tem uma coisa que o megaempresário Elon Musk gosta de fazer, e de chamar a atenção. E de ontem para hoje (19) ele inventou uma nova para isso. No seu perfil do Twitter, ele lançou uma enquete perguntando se deveria continuar como CEO da rede social que ele acabou de comprar.

Twitter
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Foto: Jeremy Bezanger/Unsplash / Startups

A enquete durou 12 horas e mais de 17 milhões de perfis votaram, com 57,5% dos respondentes dizendo que Musk deveria DEIXAR o comando da empresa. Um detalhe: na postagem original da enquete, o bilionário afirmou que vai obedecer ao resultado da enquete. Entretanto, até o momento ele não se pronunciou sobre o resultado da enquete, que se encerrou às 8 da manhã, no horário de Brasília. Será que o resultado não foi o que Musk esperava?

A enquete veio horas depois que o antigo homem mais rico do mundo tomou uma inesperada decisão unilateral, banindo menções a outras redes sociais concorrentes (Facebook, Instagram etc) em posts do Twitter. A medida foi bastante criticada, inclusive por empresários apoiadores da compra do Twitter por Musk, como o fundador da Y Combinator, Paul Graham.

"Peço desculpas. Isso não acontecerá de novo", respondeu Musk às críticas, afirmando que futuras medidas na empresa serão discutidas em votações abertas com os usuários. O que ninguém esperava é que a primeira enquete fosse logo sobre uma possível mudança de liderança na companhia.

Claro que isso pode ser apenas mais uma estratégia de Musk para fazer alvoroço, mas ela não deixa de ter um fundo de verdade. Ele já afirmou em outras oportunidades que tem planos de passar o controle diário da rede social a um novo CEO. "Francamente, não quero ser o CEO de nenhuma empresa", disse ele a um tribunal no mês passado.

Um voto público pode não mudar muita coisa, mas pode ferir seu ego, ainda mais em um momento que as turbulências recentes do Twitter afetaram as ações de sua empresa mais valorizada, a Tesla. Desde a conclusão da aquisição da rede social em outubro, Musk vem sofrendo pressões de investidores para voltar seu foco para a montadora - e além disso, as ações da Tesla sofreram quedas. Só em dezembro, a desvalorização foi de 22%.

Apesar da mais recente jogada de Musk ser nada mais que uma enquete - e levar isso a sério pode ser um tanto demais, teve gente no mercado que se animou, contando com a possibilidade que o empresário pode parar de "sangrar" dinheiro e energia no Twitter. Nesta segunda (19), as ações da Tesla valorizaram 3%.

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