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Empresário fatura com telhas feitas de embalagem longa-vida

Ideia inicial era explorar apelo ecológico do produto, mas características como resistência e peso menor chamaram atenção

22 jun 2015 - 07h00
(atualizado em 23/6/2015 às 16h43)
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Produzir itens de apelo ecológico para se destacar no mercado virou tendência. A ideia do empresário Ivanildo Rezende, ao desenvolver telhas feitas a partir embalagens de leite ou suco longa-vida, era surfar nessa onda. Mas o resultado acabou mostrando tantas vantagens em relação às telhas convencionais que hoje esses fatores pesam mais na hora das vendas do que seu viés ambiental.

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Rezende já trabalhava há dez anos no Distrito Federal comprando material de construção usado, mas começou a rever os rumos de seu empreendimento quando se deparou com duas telhas feitas com componentes de embalagens Tetra Pak. Viajou para pesquisar mais sobre o processo de reciclagem e voltou para Brasília em 2012 disposto a criar uma empresa nesse ramo. Nascia assim a Eco-Lógica, que faturou R$ 400 mil em 2014. “Aprendi sobre os processos, comprei as máquinas e logo começamos a produzir. A aceitação foi ótima, pois, além de sustentável, a telha é muito mais resistente do que as de amianto: é possível andar sobre ela sem que ela quebre”, afirma.

Ivanildo Rezende reciclava material de construção usado, mas decidiu mudar os rumos após descobrir telha feita com embalagens Tetra Pak
Ivanildo Rezende reciclava material de construção usado, mas decidiu mudar os rumos após descobrir telha feita com embalagens Tetra Pak
Foto: Divulgação

O empresário atribui outras vantagens a esse tipo de mercadoria: “pesa 50% a menos que a de amianto, não absorve água da chuva, chega a ser 80% mais fresca, é antialérgica, não propaga chamas e tem bom isolamento acústico”. O preço, porém, é 70% maior.

Para fazer cada telha, são necessárias cerca de 2 mil embalagens, compradas diretamente da Tetra Pak, que antes faz a retirada das partes de papelão. “O material resultante é uma folha de alumínio e polietileno, que é acaba virando a telha.”

Os clientes vão desde mansões até hospitais e galpões comerciais. “Vendemos cerca de 60 telhas por dia, mas temos demanda para mais e estamos trabalhando para produzir pelo menos o dobro”, afirma Rezende, acrescentando que no último ano a empresa cresceu 20%, este ano espera crescer pelo menos 30%.

Fonte: PrimaPagina
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