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Empresário lavou pratos antes de abrir rede de restaurantes

Paulista viajou a outros países para conhecer as várias etapas da cozinha. Depois, abriu rede de franquias que fatura R$ 8 milhões por ano

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Apaixonado por cozinha desde criança, Marcos Nunes decidiu abrir uma rede de restaurantes após viajar aos Estados Unidos
Apaixonado por cozinha desde criança, Marcos Nunes decidiu abrir uma rede de restaurantes após viajar aos Estados Unidos
Foto: Divulgação

Reza a regra que, antes de abrir uma empresa, é preciso conhecer a fundo a área em que ela vai atuar. Pois o paulista Marcos Nunes levou esse princípio ao pé da letra. Com plano de abrir uma lanchonete no Brasil, ele antes viajou a outros países para trabalhar em todas as etapas do ramo alimentício, desde a limpeza até a cozinha.

O gosto por cozinha vem desde pequeno: aos 5 anos mal sabia amarrar os sapatos, mas já havia preparado sua primeira macarronada. Já mais velho, ao final do ensino médio, cursou administração, mas logo deu uma pausa na faculdade. “Resolvi morar por alguns meses nos Estados Unidos para reforçar o inglês. Lá, trabalhei lavando louça e limpando uma cafeteria que servia 5 mil refeições por dia”, lembra.

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De volta ao Brasil, ele concluiu a graduação e começou a amadurecer a ideia de ter o seu próprio restaurante. Antes, porém, Nunes acreditava que seria importante trabalhar mais no ramo para ganhar experiência. Largou o cargo de gerente financeiro em uma cervejaria e foi morar um ano na Inglaterra. “Já era um antigo sonho meu. Lá, eu ganharia um salário parecido com o que eu estava acostumado, e poderia aprender mais sobre a cozinha europeia”, explica.

Para ganhar maior experiência na área, ele morou um ano na Inglaterra, trabalhando nas mais variadas funções do ramo gastronômico
Para ganhar maior experiência na área, ele morou um ano na Inglaterra, trabalhando nas mais variadas funções do ramo gastronômico
Foto: Divulgação

Embarcou em 2002, sem ter emprego em vista. Chegando lá, a sorte sorriu a seu favor. No albergue em que se hospedou, conheceu um chefe de cozinha francês “Ele me treinou para trabalhar em um bufê cinco estrelas. Quando fui procurar uma vaga, ficou muito mais fácil”, diz.

Depois de passar alguns meses no bufê, trabalhou em pub como auxiliar de chefe de cozinha, em bar como barman, na cozinha de uma pizzaria, e passou os últimos três meses na Inglaterra atuando no McDonald’s. “Fiquei amigo do gerente, que me passou muita coisa do sistema de gestão e controle deles, entre outras coisas”, acrescenta.

De volta ao Brasil, abriu a Lets Eat na cidade de Itu (SP)
De volta ao Brasil, abriu a Lets Eat na cidade de Itu (SP)
Foto: Divulgação

Colocando em prática

De volta ao Brasil, escolheu Itu (SP), sua cidade natal, para dar início à carreira de empreendedor. Nascia assim o Let’s Eat, restaurante que mistura lanches com pratos mexicanos, tal como encontrado em diversos estabelecimentos norte-americanos.

“O aprendizado que tive lá fora foi essencial. Mas, por mais que eu achasse que estava preparado, a mão de obra daqui é diferente, o mercado também. Eu projetava um tipo de lanche e atendimento, e tive de mudar nos primeiros meses”, recorda.

Um dos primeiros contratempos ocorreu logo na inauguração. Foi mais gente que o esperado, e o quadro de energia não suportou – a eletricidade caiu. “Em cidade pequena, quando surge alguma coisa nova vira uma febre, e não estávamos preparados para isso. Também tive de substituir as fritadeiras, que perdiam muito calor entre uma porção de batatas e outra.”

O restaurante, que mistura lanches com pratos mexicanos, aposta em um conceito diferente do fast food para obter sucesso
O restaurante, que mistura lanches com pratos mexicanos, aposta em um conceito diferente do fast food para obter sucesso
Foto: Divulgação

Apesar da inspiração em restaurantes de fast food, Marcos afirma que busca fugir das características do modelo. Ele considera o Let’s Eat mais como um confort food. “É um restaurante mais escuro, intimista. Disponibilizamos sofás no lugar de cadeiras. Contamos com música ambiente e TVs transmitindo eventos esportivos. É um ambiente para conversar e passar um tempo.”

Além dos pratos mexicanos, que estão crescendo em aceitação junto ao público do Let’s Eat e hoje já representam 30% das vendas, o restaurante aposta em renovar seu cardápio todos os meses com pratos de outras nacionalidades, que se revezam. “Em março servimos ceviche peruano e o fish and chips inglês. Em abril vamos incluir carne de porco desfiada com molho especial, e para o inverno estamos preparando uma receita de sopa mexicana”, completa.

Após os bons resultados na unidade em Itu, Nunes resolveu adotar o modelo de franquias, e em 2014 surgiu um segundo restaurante, em Indaiatuba (SP). “Hoje contamos com cinco unidades no total, sendo uma própria, e esperamos fechar o ano com 10 novas lojas”, finaliza o dono da rede, que faturou mais de R$ 8 milhões em 2014.

Fonte: PrimaPagina
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