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Empresário santista inova e cria delivery de pastel na praia

17 mar 2014 - 07h00
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Ricardo Xavier, dono da lanchonete Pastel de Fubá, em Santos, é um típico caso de empresário que transformou adversidade em oportunidade. Seu estabelecimento fica a uma quadra da praia do Boqueirão e ele percebeu que durante a temporada de verão o fluxo de clientes diminuía muito na hora do almoço porque as pessoas preferiam ir à praia em vez de parar para comer. Foi então que Xavier teve uma ideia: se os clientes não iam até a lanchonete, a lanchonete iria até os clientes. Assim nasceu o serviço de “beach delivery”.

A pastelaria atende toda a orla santista e as entregas são feitas por um motoboy. Em dias de grande movimento, um funcionário leva a encomenda em uma bicicleta – o que também traz agilidade, já que há uma ciclovia em toda a extensão do jardim da praia.  “O cliente telefona, faz o pedido e dá o ponto de referência. Quando o motoboy está chegando, telefono para avisá-lo. Levamos maquininha de cartão de crédito e de débito. Só não aceitamos ticket (vale alimentação) porque ainda não há uma maquininha que sai do local”, explica Xavier.

O cardápio da lanchonete está disponível no site e na página do Facebook da lanchonete. Quem está na praia pode acessá-lo pelo celular. O único trabalho é levantar-se da cadeira de praia e encontrar o motoboy no calçadão da praia, próximo de onde está tomando sol. O entregador estará esperando exatamente no ponto de referência indicado e devidamente uniformizado. “O único produto que não levávamos era café. Mas, agora já resolvemos o problema com os copinhos de isopor. Apesar de que é difícil alguém pedir cappuccino ou café na praia”, ressalta Xavier.

“Este já é o segundo verão que fazemos essas entregas na praia”, conta o empresário. Em dias de sol, Xavier e seus funcionários fazem panfletagem e o negócio sente o aumento do movimento juntamente com as praias lotadas. “A maior demanda é entre os canais 1 e 2 (praia do José Menino), acho que é porque lá tem mais turistas”, analisa Xavier. Também há casos de clientes que ligam após a ida à praia. “Uma vez, tivemos uma encomenda grande de turistas que receberam o panfleto na praia e ligaram quando foram para a casa”, comenta.

Inovação é a bússola de Xavier. A pastelaria foi fundada em 2008 e o carro-chefe da casa é o pastel de fubá. “Somos os únicos a oferecer o produto na Baixada Santista”, diz o empresário.  Diferente dos pastéis comuns, a massa é feita de fubá e o produto, frito em óleo de algodão por ser mais saudável para o organismo. Por não ter lactose nem glúten, pessoas que tenham intolerância ao leite podem comê-lo com tranquilidade. Por conta de a massa ser especial, apenas alguns recheios são utilizados – atualmente há sete opções – e o pastel deve ser entregue logo.

O cardápio da lanchonete muda a cada seis meses. Atualmente, o estabelecimento usa uma fritadeira de água e óleo, mas testa uma que não leva mais óleo para deixar o produto ainda mais saudável. “O mercado é muito competitivo, é preciso se destacar perante o concorrente”, diz o dono da pastelaria.

O professor que virou pastel

Nos anos 1980, um engenheiro ficou famoso em São Paulo ao sair de sua área e abrir uma lanchonete chamada O Engenheiro que Virou Suco.  A história do empresário santista tem pontos em comum com a do engenheiro: Xavier era atleta, formado em Educação Física, e ganhava a vida como professor de futsal. Insatisfeito com a carreira, começou a pensar como montar um negócio.

Em um Carnaval, conheceu num bloco santista uma menina de Minas Gerais, que hoje é sua esposa. O amor de Carnaval não apenas “subiu a serra” como também trouxe a principal receita de seu negócio. Ao visitar Machado, cidade natal de sua então namorada, conheceu o pastel de fubá. “Quando tive a ideia de abrir um negócio, fiz vários cursos no Sebrae, conciliando com o meu trabalho de professor”, relembra Xavier e acrescenta que estudou bastante a receita desse pastel. 

A origem da iguaria não é certa, mas está seguramente ligada ao pastel de angu, criado pelos escravos no sul de Minas Gerais, no século 18. Outra variação é fazê-lo com farinha de milho.

Fonte: PrimaPagina
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