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Empresas do setor pet apostam em matérias-primas da Amazônia

Produtos estão impulsionando o reflorestamento da Amazônia e reduzindo resíduos

16 out 2024 - 06h01
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Resumo
A economia circular no setor pet visa preservar o meio ambiente e investir no reflorestamento, buscando atender à demanda crescente por produtos sustentáveis.
Gilberto Novaes
Gilberto Novaes
Foto: Divulgação

A economia circular está ganhando cada vez mais força no setor pet, unindo a preservação ambiental com o bem-estar animal. Empresas estão desenvolvendo produtos sustentáveis utilizando recursos da Floresta Amazônica, ao mesmo tempo que investem no reflorestamento e em soluções para diminuir o impacto ambiental dos resíduos e embalagens. Esse movimento reflete um esforço conjunto para reduzir desperdícios e fortalecer práticas ecológicas no segmento pet – um dos que mais crescem no mundo.

Um relatório da Euromonitor projeta um crescimento alto na demanda por produtos sustentáveis no setor, especialmente nas regiões da América Latina e Ásia-Pacífico, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7% até 2026. Além disso, a NielsenIQ identificou que 42% dos consumidores de produtos para pets priorizam a compra de fórmulas com ingredientes sustentáveis, mostrando a força da tendência de sustentabilidade nesse setor.

Gilberto Novaes, fundador e CEO da Furest Pet, uma das pioneiras no uso de produtos da Amazônia no cuidado animal, destaca a importância de repensar a forma como esses itens são feitos. “O objetivo dessas empresas é garantir que todo o ciclo de vida tenha um impacto positivo no meio ambiente.  São utilizados matérias-primas da floresta, mas são devolvidos à natureza com projetos de reflorestamento que já plantaram mais de 173 mil sementes, gerando cerca de 50 mil árvores, com outras 100 mil previstas. Entretanto, é preciso ir além do básico quando o assunto é cuidar do planeta e ainda desenvolver uma marca sustentável de fato”, afirma Novaes.

Empresas com esse propósito estão integrando recursos naturais, como óleos e fibras extraídas de maneira sustentável da Amazônia, em produtos para pets. Essas matérias-primas são biodegradáveis e vêm de fornecedores que adotam práticas responsáveis.

Além disso, o processo produtivo inclui um rígido controle para diminuir o uso de embalagens plásticas, substituindo-as por opções compostáveis e recicláveis. Há, ainda, uma preocupação com as pessoas no raio de atuação de uma fábrica, daí a importância de projetos de geração de renda para as populações que vivem na floresta. 

Na economia circular, a busca por soluções vai além do produto em si, abrangendo também a logística e a vida útil completa dos itens oferecidos. “Estamos sempre buscando formas de fechar o ciclo e reutilizar materiais, como a transformação de resíduos em novos itens para pets”, detalha Novaes.

Outro destaque é o investimento das empresas em práticas de reciclagem e no apoio a iniciativas de conservação. Muitas estão comprometidas com programas de reflorestamento e redução de carbono, contribuindo para a preservação de áreas desmatadas na Amazônia. Cada produto vendido pela Furest Pet, por exemplo, se reverte em uma árvore plantada, fortalecendo ainda mais seu engajamento com práticas que respeitam o meio ambiente. 

Desafios e oportunidades da economia circular

Embora o avanço da economia circular no setor pet traga grandes benefícios, ainda há desafios a serem enfrentados. Um deles é a burocracia para obter certificações e selos ambientais. O processo envolve um nível de exigência extremamente alto, com diversas adequações necessárias ao longo da produção e da cadeia de fornecimento.

“As empresas que estão no início dessa jornada precisam fazer muitas adaptações, desde a escolha de matérias-primas até o tratamento de resíduos. No entanto, essas adequações, embora possam parecer complexas, irão valer a pena no futuro, tanto em termos de impacto ambiental quanto em competitividade no mercado”, afirma Gilberto Novaes.

A implementação de práticas ecológicas também pode ter um custo inicial elevado, o que leva os produtos com um preço final acima da média. No entanto, as empresas estão percebendo que o retorno ambiental e social supera essas barreiras.

“A sustentabilidade deve ser vista como um investimento de longo prazo, e não apenas como um custo. Trata-se de ajudar a criar um mercado mais consciente, onde cada vez mais consumidores entendem a importância de escolher produtos que respeitem o meio ambiente”, conclui Novaes.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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