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Funerais high-tech criam novas oportunidades de negócios

25 fev 2014 - 07h00
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Capelas com sistemas de som e iluminação para a realização de shows, videobiografia do falecido exibida durante o velório e até funeral online. Foi-se o tempo em que um enterro era uma cerimônia singela, em que os familiares se reuniam apenas para chorar a morte da pessoa amada. Nos últimos anos, a procura por serviços cada vez mais sofisticados vem abrindo novas oportunidades de negócios no setor funerário.

Há cerca de cinco anos, a demanda por maior sofisticação nas cerimônias tem levado a uma maior profissionalização das empresas do ramo, afirma Maurício Costa, presidente da Associação Brasileiras das Empresas do Setor de Informação Funerária (Abrasif). Ele lembra, no entanto, que o espaço para atuação de empresas privadas depende da legislação de cada cidade, pois o setor funerário é regulamentado por leis municipais.

“Em muitas cidades, como em São Paulo, os serviços funerários são executados pelo poder público e seguem uma série de regras, não sendo possível fugir muito delas. Os municípios do estado de São Paulo costumam ter uma legislação mais restritiva, mas em outros estados é mais aberto, e nesses locais está havendo uma grande sofisticação”, diz Costa.

Uma das novidades de maior sucesso é o chamado funeral online, onde os convidados que não podem comparecer recebem uma senha para acompanhar a cerimônia ao vivo pela internet, por meio de imagens geradas por câmeras instaladas no local.

“Também já tivemos casos de funeral com show, onde o falecido indica um grupo de sua preferência no testamento e os familiares contratam para uma apresentação no velório. Sem falar que hoje é possível encontrar urnas funerárias de até R$ 25 mil, que são acolchoadas e usam madeiras de lei trabalhadas”, acrescenta o presidente da Abrasif.

Outra tendência importante do setor é o uso de recursos audiovisuais. De acordo com Maurício, muitas produtoras passaram a oferecer um serviço que consiste em uma espécie de videobiografia do falecido, que é montada em menos de 24 horas a partir de material cedido pela família e exibida durante a cerimônia.

“Além disso, os arranjos de flores antes eram padronizados, mas agora existe um grande leque de opções, sendo possível customizá-los utilizando as espécies preferidas pelos familiares”, afirma Costa.

Finalmente, os cemitérios também estão acompanhando a tendência de sofisticação e é cada vez mais comum encontrar empreendimentos que lembram parques, como é comum nos Estados Unidos. A falta de espaço nas grandes cidades também está levando ao surgimento de cemitérios verticais, que funcionam como se fossem edifícios onde são depositados os restos mortais do falecido.

“Os cemitérios parque estão aparecendo com força em São Paulo e nos estados do sul do Brasil. E muitos deles já estão construindo uma capela repleta de recursos, com um bom sistema de som e iluminação, por exemplo, visando atender às novas exigências do segmento”, finaliza Costa.

Fonte: PrimaPagina
Fonte: Terra
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