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Histórias Inspiradoras

Eles transformaram dívida de R$ 5 milhões em faturamento de R$ 70 milhões

21 set 2024 - 06h16
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Resumo
Grupo MTG Foods enfrentou dívida milionária, mas se tornou maior do Sul do Brasil em comida japonesa nos formatos delivery e take-away.
Raphael Koyama comas sócias Maria Clara Rocha e Maria Fernanda Canizares
Raphael Koyama comas sócias Maria Clara Rocha e Maria Fernanda Canizares
Foto: Divulgação

O Grupo MTG Foods é o exemplo real de que o caminho dos negócios não é linear. Antes de enfrentar uma dívida de R$ 5 milhões no período da pandemia, o restaurante Matsuri, localizado no Paraná, foi eleito por oito anos (2012 a 2019) como o mais lembrado da cidade de Londrina pela premiação Top Nikkey. Os títulos não evitaram o caminho turbulento, mas garantiram uma cultura de qualidade que foi decisiva para os anos posteriores. 

Atualmente conduzido por Raphael Koyama e as sócias Maria Clara Rocha e Maria Fernanda Canizares, a operação se tornou a maior do Sul do Brasil em comida japonesa nos formatos delivery e take-away, com projeção de faturamento de R$ 70 milhões com três marcas: Matsuri, Matsuri To Go e Mok The Poke.  

“Sempre soubemos onde queríamos chegar, mas com responsabilidade e solidez”, diz Raphael Koyama, sócio e CEO da Matsuri e Matsuri To Go. 

Koyama tem uma história de superação ao lado do pai, Claudio Koyama e da mãe, Emiko Koyama. Aos 24 anos o empresário que tinha a startup Ecofood, criada por ele para reduzir o desperdício de alimentos no varejo, deixou a empresa para administrar os negócios da família que passava por momentos difíceis. 

Até investirem no modelo delivery, fecharam as três unidades dos restaurantes que até então estavam abertas, venderam o apartamento próprio, os carros e chegaram a fazer marmitas com comida brasileira para quitar as dívidas vindas da pandemia.

Com expectativa de vender R$ 30 mil no primeiro mês de operação do delivery, em junho de 2020, a Matsuri To Go atingiu R$ 237 mil. Até o final do mesmo ano o faturamento foi de 1,6 milhão de reais. 

“No ano seguinte abrimos unidades em Arapongas, Apucarana e a primeira franquia em Iboporã, no Paraná, atingindo quase R$ 6 milhões de faturamento”, conta o CEO. 

Também em 2021 foi inaugurada a cozinha central que até hoje é a operação responsável por abastecer toda a rede e que é guiada pela sócia Maria Fernanda Canizares. Lá são produzidos todos os molhos da rede, de autoria própria. De acordo com Raphael, aproximadamente 60 mil envazes por mês ocorrem apenas de shoyu, feito com uma receita especial muito bem guardada.

Empreendedorismo feminino

A narrativa do empreendedorismo feminino sempre foi um alicerce forte no Grupo MTG Foods. O manifesto “Desistir não é opção” foi dito por Emiko Koyama em meio a dívida de R$ 5 milhões. A criação e entrada do Mok The Poke para o Grupo foi uma provocação da sócia Maria Clara Rocha, que criou a marca em meio a carreira corporativa: de dia trabalhava como engenheira civil e após o expediente mergulhava no empreendedorismo. A operação foi criada em 2022 a partir do olhar estratégico da empreendedora que previu um mercado em ascensão. 

“Da harmonização dos insumos, primeiros testes até o branding, desenvolvemos tudo do zero com a premissa de que os consumidores gostariam de ter liberdade de escolha nos ingredientes e que a demanda por alimentos saudáveis e leves seria cada vez maior”, diz a CEO da operação.

 De R$ 20 mil de faturamento no primeiro mês de operação em 2022, o Mok The Poke chegou em R$ 6 milhões no primeiro semestre de 2024, representando 23% das operações do Grupo MTG Foods. Atualmente Maria Clara abriu mão da engenharia civil e além do Mok The Poke é responsável pela interface com os mais de 2.000 clientes que as operações, juntas, atendem por dia, implementação de novas lojas do Grupo, estruturação de dados e marketing.

Lembram da operação física do restaurante Matsuri lá do início? Ele foi reaberto no final de 2023, em uma área de 700m2, capacidade para 160 pessoas e com 40 colaboradores diretos, na cidade de Londrina, no Paraná. R$ 2 milhões foram investidos para tirar a unidade do papel. A previsão de faturamento para 2024 é de R$ 11 milhões. De acordo com Raphael outras unidades devem ser abertas. 

“Ainda estamos definindo o local, mas prevemos mais restaurantes nesse formato”, argumenta o CEO. Das 50 unidades, 24 são próprias e ele explica a estratégia. “Um dos diferenciais da nossa rede é que andamos muito perto dos nossos franqueados. Não faz sentido vendermos apenas operações. Precisamos também ter as nossas e viver o dia a dia do mercado com eles”, completa. 

Recentemente a rede entrou em Santa Catarina com a primeira operação em Blumenau, e no Mato Grosso, em Sinop. “Vamos sentindo as demandas dos nossos clientes na ponta e trabalhando nos bastidores para que sejam atendidas. Já somos os maiores do Sul e miramos o Brasil”, finaliza Maria Clara Rocha. 

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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