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'Maus alunos' viram empreendedores educacionais de sucesso

Richard Lowenthal e Henrique Gasperoni penaram no colégio e hoje são donos de um negócio educacional milionário

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O que poderiam fazer dois amigos que foram maus alunos na escola e nem mesmo chegaram a se formar na faculdade? 

Certamente, não abrir um empreendimento educacional. Mas foi exatamente isso o que fizeram Richard Lowenthal e Henrique Gasperoni, fundadores da bem-sucedida Febracorp University, que oferece cursos na área de negócios.

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"Eu não conseguia me concentrar nas aulas, estudava e sempre ia mal nas provas. Tive até de fazer recuperação no dia da minha formatura. Já o Henrique, quando estudava, ia bem, mas era muito bagunceiro e até repetiu de ano", conta 

Richard, que chegou a frequentar um ano e meio de faculdade de comunicação social antes de largar o curso.

Richard Lowenthal é dono, junto com o amigo Henrique Gasperoni, da Febracorp University, negócio milionário do ramo da educação empresarial
Richard Lowenthal é dono, junto com o amigo Henrique Gasperoni, da Febracorp University, negócio milionário do ramo da educação empresarial
Foto: Divulgação

Os dois amigos conheceram-se em uma agência de publicidade na qual trabalharam juntos. "Saímos de lá em 2002 com a ideia de montar alguma coisa diferente", continua Richard. Começaram a organizar eventos corporativos para grandes empresas.

A ideia de se aventurar pela área da educação só veio em 2007. "O Henrique deu a ideia, mas fui contra, afinal, nunca acreditei nesse ramo", revela Richard, que ainda lembra que seu pai chegou a questionar: "Você, que nunca gostou de estudos, vai trabalhar com educação"?

Richard, no entanto,acabou seduzido pela oportunidade de criar algo muito mais voltado para a parte prática. Nascia assim a Febracorp University, que oferece cursos nas áreas de logística, inteligência de mercado, TI e finanças.

"Nós chamávamos muitas pessoas para darem aula, e sempre pedimos para que os alunos avaliassem os professores. Ficamos surpresos pela forma como as avaliações mudavam de docente para docente. Percebemos que era uma questão de metodologia e desenvolvemos um sistema próprio", afirma.

O chamado Learning Experience System, segundo o fundador, trabalha com a ideia de um passo a passo que torne concreta a ideia que o professor quer passar. "A escola normal tem esse problema, trabalha conteúdos às vezes ininteligíveis, que os alunos não entendem para que serve. Por isso, nossa metodologia mostra, antes de tudo, a função prática do que está sendo passado ao aluno", explica Richard.

Há cursos de pequena duração, como uma semana, até MBA, com carga de 410 horas. Todos, porém, são totalmente voltados para a parte prática. "A pessoa vê uma coisa em um dia e já pode aplicar no trabalho no dia seguinte."

"Já atendemos cerca de 60 mil alunos. Nosso faturamento cresce uma média de 40% por ano e vai ser de R$ 16 milhões", diz Richard, que revela, por fim, a fórmula para reconciliar seu passado de estudante ruim com o de empreendedor educacional bem-sucedido: "Ser bom aluno não significa nada, o importante é ter paixão, e eu descobri na educação a minha".

Fonte: PrimaPagina
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