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Mercado futuro pode proteger empresas de dólar em alta

Com a desvalorização cambial, adquirir a moeda norte-americana agora para pagar depois ajuda a diminuir turbulências

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Operações para congelar o câmbio podem ajudar os empreendedores que têm custos em dólar
Operações para congelar o câmbio podem ajudar os empreendedores que têm custos em dólar
Foto: Anton Watman / Shuttestock

As seguidas altas do dólar frente ao real dificultam o controle financeiro dos micro e pequenos empresários que fazem negócios com a moeda norte-americana. Como proceder em tais casos? Cenários incertos sempre embutem algum grau de risco, mas há alternativas para minimizá-los, e mesmo para criar boas oportunidades.

As empresas que mais sofrem em momentos como este são as que têm dívidas em dólar – a disparada da cotação faz o débito crescer rapidamente. “Como a tendência é que o real continue a se desvalorizar, o ideal é buscar alguma operação para travar o câmbio”, sugere o economista Antônio Louro, da MB Associados.

Isso pode ser feito por meio da compra da moeda no mercado futuro, em minicontratos oferecidos pela Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa). Nesse modelo, o empresário adquire dólares comprometendo-se a pagar no futuro, por um valor negociado previamente. É um modo de já prever aquele custo – e, se o dólar tiver subido mais do que o negociado, sair em vantagem. 

“Antigamente, o volume mínimo para essas operações era de US$ 50 mil, mas agora caiu para US$ 5 mil. Além disso, a empresa só precisa depositar inicialmente 10% do valor. Ou seja, ele é acessível para quem tiver apenas US$ 500 disponíveis”, explica Louro.

O também economista Thiago Biscuola, da RC Consultores, acrescenta que, apesar do custo, medidas desse tipo são importantes para reduzir as perdas, especialmente de quem compra no exterior.

Porém, se por um lado o enfraquecimento do real é um problema, por outro também pode abrir novas janelas de negócio. “Com o câmbio menos apreciado, o preço do que era antes importado tende a ficar mais caro. Assim, se antes era difícil competir com um produto chinês, talvez agora seja viável. Além disso, com o real mais barato, nossos produtos também ficam mais atrativos no exterior. É uma borá hora para expor em feiras internacionais, por exemplo”, diz Biscuola.

Fonte: PrimaPagina
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