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Mercado Livre abre e-commerce para pequenos negócios

Site oferece plataforma digital pronta para quem quer se aventurar no comércio digital, mas não tem dinheiro para criar uma página própria

27 nov 2014 - 08h00
(atualizado em 2/4/2015 às 17h13)
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O pequeno empreendedor pode usar a marca Mercado Livre para promover seu produto em pé de igualdade com grandes empresas, afirma Flavia Marcon, gerente de desenvolvimento de vendedores do site
O pequeno empreendedor pode usar a marca Mercado Livre para promover seu produto em pé de igualdade com grandes empresas, afirma Flavia Marcon, gerente de desenvolvimento de vendedores do site
Foto: Divulgação

A internet é uma fonte de negócios cada vez mais promissora no Brasil. Só em 2013, a rede movimentou R$ 31,11 bilhões, 29% a mais do que no ano anterior, e esse crescimento deve se manter nos próximos anos. Mas as micro e pequenas empresas, que representam 98% dos estabelecimentos empresariais do país, ainda estão longe de ter uma participação à altura no mundo virtual. De acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, os pequenos negócios ficam com apenas 20% do dinheiro movimentado pelo comércio eletrônico no Brasil.

Isso se explica, em parte, pela relutância que muitos micro e pequenos empresários ainda têm em se aventurar no universo digital diante dos altos custos de desenvolvimento de um site e de uma ferramenta de e-commerce próprios. Essas barreiras, no entanto, podem ser dribladas com a ajuda de um dos 20 maiores sites de venda digital do mundo, o Mercado Livre. O maior marketplace virtual da América Latina oferece uma plataforma digital pronta para empresas que quiserem usá-lo como base para uma primeira experiência no comércio online.

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“Um site próprio demanda investimento prévio, sem garantia de retorno. Já o Mercado Livre pode servir para alavancar o desenvolvimento da página própria. Antes havia um paradigma: o site parecia voltado para consumidores vendendo para consumidores. Isso mudou. Hoje temos muitos empreendedores que iniciam sua vida digital dentro do Mercado Livre. É um canal muito potente”, afirma Cyllas Elia, CEO da 00K, empresa especializada no desenvolvimento de ferramentas de gestão de vendas online no Mercado Livre. 

Com 115 milhões de pessoas cadastradas, o site pode funcionar como uma bela vitrine para quem está dando os primeiros passos no mundo do comércio eletrônico. “Se ninguém conhece a minha marca, eu uso a marca Mercado Livre para promover meu produto em pé de igualdade com as empresas médias ou grandes”, afirma Flavia Marcon, gerente de desenvolvimento de vendedores do Mercado Livre.

O site oferece, ainda, outras vantagens para o comerciante digital iniciante, como uma estrutura de mídia bem consolidada, a segurança de saber que as transações são mediadas o tempo todo, estratégias de logística prontas, e a possibilidade de parcelar usando ferramentas sólidas, como o Mercado Pago, e receber de uma única vez, à vista, em 21 dias – e, com isso, ter capital de giro para seguir investindo.

Para questões de frete, o Mercado Livre oferece uma calculadora de frete integrada (um produto que, nos sites oficiais de lojas, representa mais um custo). “O vendedor recebe uma etiqueta de frete pré-pago e não precisa nem mesmo gastar com o envio. Isso, para quem está começando, é sensacional, porque ajuda o pequeno e micro a alcançar a tão sonhada combinação de volume e demanda que permite à empresa crescer”, diz Flavia.

Não seja criativo

O empresário que decide usar a plataforma do Mercado Livre precisa fazer um cadastro, que é tão simples quanto elaborar um perfil pessoal em qualquer uma das redes sociais. Muito mais crucial é a arte de publicar bons anúncios. Começando pelo título.

Não seja criativo. O segredo é escolher as palavras-chave corretas, porque aproximadamente 90% dos produtos são encontrados pelo buscador – boa parte dos compradores escolhe os produtos que encontram logo nas primeiras telas de resultados. O título eficiente, informativo e direto, usando todo o espaço disponível para descrever ao máximo o produto, faz toda a diferença. O mesmo vale para o texto que vem abaixo. “O texto de descrição deve seguir o velho ditado: combinado não sai caro”, afirma Flavia. É importante listar todos os detalhes possíveis sobre ele, inclusive características técnicas e possíveis limitações e defeitos, e as condições de pagamento e de entrega.

Bons títulos não garantem, sozinhos, um lugar ao sol. O Mercado Livre não vende posições melhores para os anunciantes; ele as seleciona por um critério que combina as palavras-chave corretas com a boa reputação do vendedor. Na internet, como na vida real, reputação é tudo. E, no Mercado Livre, tanto vendedores quanto compradores se avaliam mutuamente ao final de cada transação. Muitas marcações negativas deixam o vendedor no espectro vermelho do termômetro disponível no site. Se ele está na faixa cinza, possivelmente é porque usa pouco a ferramenta e o site não tem uma opinião formada sobre ele. O vendedor marcado em verde e premiado com medalhas se enquadra na categoria Mercado Líder e tem maiores chances de expor seus anúncios com a maior visibilidade.

Para ajudar na busca, a foto é fundamental. Não use imagens da internet. Elas provocam desconfiança no comprador. Produza suas próprias imagens, do produto real. A imagem deve ser nítida, com fundo branco, sem marca d’água nem legenda e resolução de 800 por 800 pixels, no mínimo. Fotos de ângulos complementares ajudam a melhorar a visualização. Caracteres aplicados sobre palavras prejudicam o sucesso nas ferramentas de busca – com as quais, aliás, o Mercado Livre tem parcerias; a empresa é a maior compradora de palavras no Google. Além de fotos, também é possível publicar vídeos no anúncio. Neste caso, é importante que eles estejam totalmente relacionados ao produto em questão.

Pós-venda é fundamental

Para o acompanhamento da venda, a paciência é a chave do negócio. Assim como uma loja precisa de vendedores, é fundamental investir em pessoas habilitadas a fornecer respostas bem escritas, atenciosas e rápidas às dúvidas dos compradores. Telefonemas posteriores, para garantir que a resposta à pergunta tenha sido esclarecida, ajudam a estreitar o relacionamento com o consumidor. Ou então envie um e-mail, formalizando o contato e fornecendo endereço da empresa, telefone e horários para atendimento, além de informações sobre o envio do produto e explicações claras sobre a garantia do produto.

Lembre-se sempre: o comprador não tem o produto em mãos. Em compensação, conta com toda a internet para cruzar dados e checar o quanto sua oferta é vantajosa. Mas isso não significa que o preço tenha que ser o mais baixo da rede. No longo prazo, o atendimento cuidadoso, a entrega eficiente e o pós-atendimento são mais importantes.

Frete grátis também é uma boa estratégia, mesmo que seccionado por regiões. “O Mercado Livre tem uma ferramenta que permite liberar frete grátis por regiões. Isso ajuda a fornecer esta opção, que é uma ferramenta importante de vendas, sem prejudicar os negócios”, diz Elia.

Mas qual pacote de anúncios comprar? A empresa oferece cinco opções, do plano gratuito (o vendedor só paga uma taxa de 15% depois que fecha a venda) até os pagos, que dão uma visibilidade muito maior ao vendedor. O Mercado Livre pode cobrar pela venda ou pelo espaço do anúncio, determinado pelo preço do produto multiplicado pela quantidade oferecida.

“A dica é testar todos os pacotes até encontrar aquele que melhor se adapta ao seu produto”, afirma Flavia, do Mercado Livre. Cyllas Elia recomenda a plataforma MeliAnalytics, um produto de análise que fornece estimativa de vendas daquele produto específico, além de um perfil dos compradores e das estratégias de venda mais eficazes.

Existem setores que se destacam dentro da plataforma? Neste momento, peças automotivas e moda, afirma o CEO da 00K. Mas não existem limites para os produtos que podem ser comercializados. “O e-commerce ainda é um bebê”, afirma. “Muitas lojas ainda precisam experimentar o gostinho de fechar uma venda online”, finaliza Elia.

Fonte: PrimaPagina
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