Microempresas preveem que economia piore, mas receitas, não
A maior parte dos micro e pequenos empresários paulistas espera que, nos próximos seis meses, o nível de atividade econômica vá piorar – mas que o faturamento fique estável, segundo pesquisa mensal do Sebrae de São Paulo.
A sondagem, feita em fevereiro com 2.716 proprietários do setor, apontou que 43% preveem piora na economia – o maior percentual desde que o levantamento começou a ser feito, em maio de 2005. No mesmo mês de 2014, o numera era de 14%. Para o faturamento, 58% acreditam que haverá estabilidade (no ano passado, eram 54%). Os que projetam receitas menores são 11% (contra 4% em fevereiro de 2014).
“Os problemas na economia brasileira derrubaram as expectativas dos proprietários de micro e pequenas empresas. Viemos de um 2014 complicado e 2015 não se desenha melhor; o recorde de pessimismo é um retrato desse cenário”, disse o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, em nota divulgada à imprensa. “Os ajustes promovidos pelo governo para reduzir as turbulências econômicas devem limitar, no curto prazo, o crescimento do país e o desempenho das MPEs”, acrescentou.